Secretária confirma fim de turmas do Nova Semente por baixa demanda, mas mães negam

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Secretária falou sobre a polêmica envolvendo o Berçário I. (Foto: Milena Pacheco)

Cosme e Damião, Cassimiro II, João de Deus, N-5, Residencial Vivendas, Vila Marcela, são alguns dos muitos bairros de Petrolina-PE onde pais reclamam que turmas do Berçário I, que atende crianças de 6 meses a um ano, estão sendo fechadas nas unidades do Nova Semente. Em entrevista ao Nossa Voz nesta quinta-feira (31), a secretária executiva da Primeira Infância, Poliana Castro, disse que algumas turmas deixaram de existir por causa da baixa procura. “Desde sempre a gente tem uma baixa procura de bebês menores de um ano. (…) Existem algumas unidades que não formaram turma”, contou Poliana. 

Além disso, a secretária confirmou que o fechamento das turmas foi autorizado pela prefeitura. “Em dezembro, que foi o período correto de matrícula, as insitutições realizam matrículas. Quando não se apresentou demanda para o Berçário I, foi autorizado que a instituição atendesse a crianças de outras séries”, explicou. 

Apesar da declaração da secretária, muitos pais garantem que há sim demanda nos bairros. “Como vai formar turma se os pais procuram e a diretora diz que não tem turma?”, O que mamães que trabalham vão fazer com seus filhos?”, são alguns dos questionamentos dos ouvintes do Nossa Voz.

Para os pais que estão vivenciando essa situação, a secretária de Primeira infância recomendou: “Nós ainda temos vagas. Não sei dizer detalhadamente (…) As mães têm que ir nas unidades do Nova Semente mais próxima de onde moram. Estamos em período de recesso, mas em fevereiro as unidades vão voltar a funcionar”, garantiu Poliana Castro e enfatizou: “Mas nas unidades onde foi informado que não teria turma, realmente não vai ter”. 

A secretária da Primeira Infância de Petrolina também respondeu sobre os boatos do fim do programa. “No início de 2017, nós tinhamos um cenário de unidades do Nova Semente funcionando com 18 crianças para 16 funcionários, 23 crianças para 18 funcionários. Não é um planejamento adequado para se utilizar o recurso público. É praticamente uma criança por adulto. O que a gente fez foi adequar o atendimento de acordo com o atendimento que acontecia no municipio”, explicou Poliana Castro.

Poliana finalizou a entrevista dizendo que a atual gestão está investindo e não acabando com o programa. “Hoje o programa Nova Semente tem uma cara educacional, educativa. (…) Não é acabar, é fortalecer o Nova Semente”, assegurou a secretária.