Casos de violência contra idosos são comuns em Petrolina, diz presidente de Conselho

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De jan. a nov. de 2018 foram 379 denúncias, 106 registros a mais do que em 2017.
Foto: Milena Pacheco

Segundo dados do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa (CIAPPI), programa vinculado a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), de janeiro a novembro de 2018, o órgão recebeu 379 denúncias intrafamiliar, um aumento de 106 registros em casos de violência contra a pessoa idosa com relação a 2017, que teve 273.

Maior parte dos casos, como aponta o relatório, são cacaterizadas como negligência nos cuidados do idoso. A Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa em Petrolina, Francineide Ribeiro, isso acontece quando o idoso é impedido de exercer os direitos dele. “Não só por parte dos familiares, mas também das instituições. O próprio idoso pode causar uma resistência. Então a familia também se acomoda e o idoso morre à mingua”, explicou. Ela ainda acrescentou que a negligência tem punição para o causador. “A familia deve pedir ajuda nos orgãos. Se o idoso morrer a mimgua quebra o estatuto e a pessoa pode ser punida por isso”.

Espera por Saúde

De acordo com Francineide, as superlotações nos hopitais e a demora no atendimento à Pessoa Idosa também se configura negligência. “A gente sabe da superlotação, mas o idoso precisa desse direito de forma digna porque acontecem maltratos dentro dos hospitais. E quando isso é observado, os hospitais são notificados porque a realidade é muito dura e isso não pode acontecer”, explicou.

Abuso Financeiro

Uma outra forma constante de violência contra o Idoso é o abuso financeiro, segundo a Presidente. Ela explica que as ocorrências são constantes “porque a família se apropria do beneficio do idoso por conta da fragilidade do idoso e ainda não garante os direitos quanto a qualidade de vida, submetendo aos maltratos”, explicou. A violência física, ela conta, também é comum. “Eles ficam machucados na região do braço e falam que o idoso caiu, que se bateu na parede”.

Além dessas, pode-se destacar ainda a violência psicológica, quando o idoso “acha que não serve mais para nada, que só dá trabalho”, isolando-se do meio social. “A psicológica não é tão notória. Sentimos que eles são muito coagidos. É uma forma muito triste”, destacou.