Sobre ser vice na chapa de Miguel, Raquel dispara: ” A marcha ré quebrou, sou pré-candidata a governadora de Pernambuco”

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Ao participar da sabatina da Uol, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil) voltou a reforçar sua disponibilidade em formar uma aliança com Raquel Lyra (PSDB), reforçando que o PSDB poderia abrir mão do protagonismo, ou seja, de encabeçar a chapa na disputa pelo Governo de Pernambuco. O argumento vem baseado nos acordos firmados pelo União Brasil em outros estados, a exemplo de São Paulo. Ciente da posição do adversário, Raquel foi taxativa. 

“O projeto do PSDB e do Cidadania não  tem volta, A marcha ré quebrou, sou pré-candidata a governadora de Pernambuco, estou aberta para a composição de alianças, tanto que a gente não abriu ainda a apresentação, embora  tenhamos quadros extremamente relevantes como o ex-senador e que já foi candidato a governador,  Armando Monteiro Neto, da deputada estadual Priscila Krause, que foi candidata a prefeita e vice-prefeita do Recife, do deputado federal, Daniel Coelho, que também foi candidato a prefeito do Recife, de ex-prefeitos, pessoas que estão se colocando neste projeto”, listou. 

Afastando o julgamento de um projeto pessoal, Raquel reforça que o seu nome partiu de uma construção coletiva iniciada em setembro do ano passado, quando passou a percorrer o estado ouvindo as necessidades da população. “Esse projeto não representa a mim mesma e não se trata do projeto de alguém, como se tenta colocar, que acordou um dia com vontade de ser candidato a governador. Foi uma decisão difícil de ser tomada, afinal de contas, saí da prefeitura com mais de 80% de aprovação”. 

Além da escolha do seu grupo político, a ex-prefeita de Caruaru traz um argumento cabal para a manutenção da sua candidatura ao governo. “Tem  um indicador que é importante de ser visto, além de representarmos um projeto político de verdadeira transformação para Pernambuco, as pesquisas que estão colocadas, todas nos colocam no 2º turno. E não há indicador mais claro de intenção e de posicionamento, do que as próprias pesquisas. Embora eu não seja analista de pesquisas, elas servem para tomada de decisão”. 

Mesmo disposta a agregar mais forças a sua campanha, Raquel Lyra deixa claro que não está limitando seu palanque, mesmo que não haja o cumprimento dos acordos feitos em esfera nacional. “Nós estamos abertos para qualquer diálogo. Agora mesmo o PSDB tinha colocado como primordial para aliança com o MDB, fechar o apoio do partido a nossa candidatura aqui em Pernambuco. Mas, não vamos fazer isso a ferro e a fogo. Falei com Simone Tebet e na impossibilidade de avançarmos hoje com o apoio do MDB, disse a ela que o palanque para ela está aberto aqui. Então, não temos uma troca miúda. Estamos na largueza da política, para  construir um momento novo para Pernambuco e para o Brasil. E é nessa toada, nessa pisada que vamos continuar avançando em Pernambuco. Construindo na política aquilo que a gente tem de mais nobre como instrumento de transformação para a população”. 

Defensora da priorização do debate local, afastando a nacionalização da disputa com a polarização entre Lula e Bolsonaro, a pré-candidata ao governo reforça os seus objetivos. “Estamos ouvindo a nossa gente, construindo novos caminhos, apresentando propostas da vida real porque fazer discurso é muito fácil, mas apresentar atitude e capacidade de transformação, isso é o que será medido em Pernambuco nas próximas eleições”, assegurou.