“Se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar pro rico, pro pobre”, diz ministro da Saúde

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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista coletiva para atualizar o boletim sobre o novo coronavírus da China
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reafirmou que defende o isolamento social total. (foto: reprodução)

O ministro da saúde, Henrique Mandetta, mudou neste sábado (28) o tom novamente de suas declarações sobre isolamento social. Na quarta-feira, ele tinha ajustado o seu discurso ao do presidente Jair Bolsonaro, contrário a um isolamento mais geral e favorável ao isolamento apenas de doentes crônicos e de idosos e pessoas de 60 anos e mais.

Embora não tenha sido direto e explícito, neste sábado Mandetta foi mais enfático na defesa de que as pessoas que podem devem ficar em casa. Ele justificou sua defesa de que as pessoas devem permanecer em casa para que o sistema de saúde não se sobrecarregue, aumentando a letalidade da Covid 19 por falta de leitos e de UTI.

Ele disse que o fato de as pessoas estarem em casa já fez, por exemplo, o número de internados por acidentes de trânsito diminuir, o que liberou espaço para os que precisam se tratar da Covid:

” Mais uma razão pra gente diminuir bastante a atividade de circulação de pessoas no intuito de diminuir o trauma, que é um efeito também secundário, benéfico, além do efeito de diminuir a transmissão”, ele disse.

O ministro afirmou: “Mais uma razão pra gente ficar em casa, parado, até que a gente consiga colocar os equipamentos na mão dos profissionais que precisam. Porque se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar pro rico, pro pobre, pro dono da empresa, pro dono do botequim, pro dono de todo mundo”. (Por G1)