Santa Maria: Presidente do PT afirma que partido vai se reunir para decidir sobre expulsão do vereador Izinho Moura por infidelidade

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Foto: Arquivo Nossa Voz/BVFM

O presidente do Partido dos Trabalhadores – PT em Santa Maria da Boa Vista – Adão Dias, revelou ao Nossa Voz que o vereador petista Izinho Moura, não comunicou que sairia da bancada governista para a oposição. Segundo Dias, o partido ficou sabendo da decisão do parlamentar através do Nossa Voz.

Rompimento

O PT compõe o governo Humberto Mendes (PSB), e já anunciou que seguirá o projeto de reeleição do prefeito junto com o PSB. Mas Izinho, tomou uma decisão contrária e decidiu, além de romper com o atual governo e ingressar na bancada de oposição na câmara, apoiar outro pré-candidato a prefeitura municipal, o ex-secretário Cidinho Andrade (PDT).

Infidelidade Partidária

De acordo o presidente da legenda petista, essa decisão não agradou o grupo e os membros do partido irão se reunir para decidir sobre a expulsão do Vereador Izinho Moura. “Vamos reunir a comissão de ética, que é quem tem a responsabilidade de analisar esses casos de infidelidade partidária. Ele (Izinho) ocupa um cargo eletivo e esse cargo eletivo é do partido. Então, vamos nos reunir, analisar e ouví-lo também, pois por orientação do estatuto do partido, ele tem direito à ampla defesa. Vamos reunir a comissão de ética e chamá-lo para que ele faça a sua defesa. Mas nesses casos, o que o estatuto orienta é a exclusão do quadro de filiados do partido”.

Adão Dias também explicou que o parlamentar não deve perder o mandato, já que não pediu desfiliação e o mandato finaliza em 31 de dezembro. “Quando o mandatário pede desfiliação, naturalmente o partido passa a ter direito de pedir na justiça o mandato, já que o mandato é do partido, mas ele não pediu desfiliação”, ressaltou.

Posicionamento do MST

O líder do MST em Santa Maria da Boa Vista, Adailton Cardoso, também se manifestou sobre as declarações de Izinho e disparou várias críticas contra o parlamentar. Cardoso afirmou que o movimento deu amplo apoio para o vereador na eleição e também não foi comunicado sobre sua mudança de posição. “Assim como o PT, a diretoria do MST também foi pega de surpresa com a decisão do vereador. Diante disso, decidimos que não caminharemos mais com ele. Nós o respeitamos como pessoa, mas como político a gente avaliou que o vereador Izinho não estava preparado para a questão política, e aí, decidimos há dois anos que ele tocasse o mandato dele, sem a orientação nossa”, explicou.