Quem tomará vacina bivalente contra Covid-19 a partir desta segunda? Tire suas dúvidas

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No intuito de ampliar a cobertura vacinal, o Jardim Zoológico de Brasília e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal promovem neste imunização de crianças e adultos que forem visitar o local

O Ministério da Saúde inicia nesta segunda-feira (27) as campanhas do Programa Nacional de Vacinação 2023, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal no país.
 

Divididas em cinco etapas, as ações contemplam o reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19, vacinação contra a gripe e multivacinação nas escolas contra poliomielite e sarampo.
 

Segundo o ministério, o cronograma foi estabelecido após reuniões com representantes do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e Comissão Intergestores Tripartite.
 

A definição das fases considerou os estoques disponíveis e os contratos com as fabricantes das vacinas, e as etapas podem ser alteradas, adiantadas ou sobrepostas caso o cenário de entregas seja modificado ou novos laboratórios tenham seus pedidos de aprovação de imunizantes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
 

QUANDO COMEÇAM AS CAMPANHAS?
A primeira etapa começa nesta segunda-feira (27) e vai oferecer doses de reforço com a vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19. Esse modelo é uma atualização do imunizante que utiliza as cepas original do Sars-CoV-2 e da variante ômicron BA.1. Tire aqui suas dúvidas sobre a vacina bivalente.
 

QUEM VAI RECEBER A VACINA BIVALENTE NESTA PRIMEIRA ETAPA?
Conforme documento técnico do Ministério da Saúde, o primeiro grupo a ser imunizado inclui: idosos com 70 anos ou mais; pessoas a partir de 12 anos vivendo em instituições de longa permanência e os trabalhadores dessas instituições; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas a partir de 12 anos.
 

A estimativa populacional desse grupo é de 18.712.339 pessoas e, considerando a perda técnica de 10%, deverão ser disponibilizadas 20.583.572 doses aos estados.
 

GESTANTES E IDOSOS COM MENOS DE 70 ANOS RECEBERÃO A BIVALENTE?
Sim. Na segunda fase da campanha, prevista para ter início em 6 de março, devem ser vacinados idosos de 60 a 69 anos e, em seguida, a partir de 20 de março, gestantes e puérperas. Nessas etapas, devem ser contempladas, respectivamente, 17.295.898 e 2.333.378 pessoas.
 

QUANDO OS TRABALHADORES DA SAÚDE SERÃO VACINADOS COM A BIVALENTE?
A previsão do ministério é iniciar a vacinação com a bivalente em trabalhadores da saúde no dia 17 de abril. Devem ser imunizados 7.337.807 profissionais da área.
 

Nessa mesma data está previsto o início da imunização pessoas com deficiência permanente (acima de 12 anos), detentos, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas e funcionários do sistema de privação de liberdade.
 

QUEM NÃO É DO GRUPO PRIORITÁRIO VAI RECEBER A BIVALENTE?
O Ministério da Saúde estabeleceu como público-alvo dos imunizantes bivalentes apenas os grupos prioritários. Para os demais brasileiros, a avaliação da pasta é de que não há benefício comprovado de ganho de eficácia com a imunização com o reforço bivalente em comparação à formulação original.
 

Caso você não esteja incluído em um dos grupos prioritários para as vacinas bivalentes, a aplicação de uma dose de reforço -terceira dose, no caso de crianças de 5 a 11 anos, adolescentes de 12 a 17 e adultos com mais de 18 anos, ou quarta dose, para aqueles com mais de 40 anos- pode ser feita atualmente em todos os postos de vacinação no país.
 

O QUE FAZER SE NÃO SOU DO GRUPO PRIORITÁRIO PARA A BIVALENTE?
A recomendação dos especialistas e da pasta de saúde é que, neste momento, quem não for grupo prioritário para receber as vacinas bivalentes deve buscar a atualização do reforço com as doses monovalentes em uso: Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Coronavac.
 

A BIVALENTE ESTARÁ DISPONÍVEL NA REDE PRIVADA PARA QUEM NÃO É DO GRUPO DE RISCO?
Por enquanto, não. As vacinas bivalentes da Pfizer foram autorizadas pela Anvisa para uso emergencial e, por isso, devem ser destinadas preferencialmente para o SUS. A oferta em clínicas particulares só deve acontecer depois que a Pfizer ou a Moderna tiverem o registro definitivo, mas não há previsão de quando isso deve acontecer.
 

HAVERÁ CAMPANHA PARA AS CRIANÇAS?
Sim. A partir de março, será iniciada uma campanha de intensificação da vacinação contra Covid-19 para crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos.
 

Entre as estratégias previstas estão a realização de duas semanas de atividades de mobilização e orientação nas escolas, da educação infantil até o ensino médio, e o envio de comunicados aos pais e responsáveis sobre a necessidade de levar a caderneta de vacinação dos filhos para avaliação.
 

QUANDO COMEÇA A CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE?
De acordo com o Ministério, a vacinação contra Influenza será iniciada em abril, de forma que o público-alvo esteja imunizado antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças respiratórias.
 

QUEM PODERÁ TOMAR A VACINA DA GRIPE?
Pessoas com mais de 60 anos; gestantes; puérperas; adolescentes em medidas socioeducativas; crianças de 6 meses a 4 anos; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas com deficiência; pessoas com comorbidades e a população privada de liberdade.
 

A vacina também será disponibilizada para integrantes das Forças Armadas, de segurança e salvamento; professores, caminhoneiros; profissionais de transporte coletivo e portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade e trabalhadores da saúde.
 

HAVERÁ CAMPANHA DE PREVENÇÃO À PÓLIO?
Sim. A partir de maio, será realizada uma campanha de multivacinação contra poliomielite e sarampo.
 

Assim como na ação contra a Covid-19, serão realizadas atividades nas escolas e serão solicitadas as cadernetas de vacinação das crianças e adolescentes para verificar se a imunização está completa.
 

Segundo o ministério, a medida é uma forma de aumentar o número de vacinados contra essas doenças em um momento de baixa cobertura vacinal.
 

Vale ressaltar que não é preciso aguardar a campanha para colocar a carteirinha de vacinação das crianças e adolescentes em dia. Os postos de saúde continuam disponibilizando os imunizantes. (Fonte: Folhapress)