Presidente da Facape sugere Lei de socorro à instituição e nega perseguição de funcionários

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Na sessão desta terça-feira (05), o diretor presidente da Facape, Antônio Habib, fez o uso da tribuna para esclarecer sobre a situação da autarquia de ensino e detalhar o déficit financeiro vivenciado pela instituição. De acordo com o gestor, em 2020 com a pandemia, a faculdade não contou com o ingresso de novos alunos, o que impactou nos custeio das despesas previstas para o seu funcionamento. 

“A Facape não perdeu alunos, ela não teve a entrada de novos alunos a partir da pandemia e isso foi crucial porque nós temos uma despesa fixa, um quadro de professores concursados, um quadro de servidores concursados, diferente das privadas,  que puderam demitir pessoas”, relatou. 

Como solução para este problema, que tem gerado atrasos de salários dos funcionários, Habib apontou para a implantação do curso de medicina e a atração de novos estudantes e o repasse de recursos municipais a partir da aprovação de Lei Municipal que permita tal operação. 

Atento à explanação, o vereador Gilmar Santos relembrou sua tentativa de realizar uma audiência pública para debater o assunto, ouvindo inclusive integrantes do corpo docente, além dos demais funcionários e estudantes, e lamentou mais uma vez que seu requerimento tenha sido derrubado pela bancada de situação. O parlamentar inclusive citou as mobilizações propostas por professores e questionou se haveria perseguição daqueles que demonstraram insatisfação com a sistemática falta de pagamentos. 

“A gente acha muito desrespeitoso quando tenta-se criar uma narrativa totalmente diferente das responsabilidades que estamos assumindo. A diretoria da Facape, a Facape tem toda a nossa solidariedade, nós queremos sim e vamos continuar exigindo que a prefeitura assuma o seu papel. Mas nós temos conhecimento de que professores que foram se manifestar, e espero que isto não esteja acontecendo, passaram por constrangimento, passaram por perseguição, tem situação muito vexatória principalmente no episódio em que os professores foram para a frente da prefeitura. Faz parte do processo democrático principalmente quando esses profissionais estão três meses sem receber salário”. 

Em resposta, o diretor presidente da Facape negou o ocorrido e assegurou que não há nenhuma política de retaliação dos manifestantes, mas lamentou que nas tentativas de estabelecer um debate coletivo com os funcionários, dos 200 ativos na instituição, cerca de 30 apenas compareceram às reuniões propostas. 

Habib ainda ouviu os pronunciamentos dos demais parlamentares presentes na casa e recebeu deles a sinalização positiva da aprovação da Lei Municipal proposta para repasse de recursos pela prefeitura para socorro financeiro da autarquia educação.