Moradores do Bairro Henrique Leite em Petrolina reclamam de abandono e falta de infraestrutura

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Moradores da Rua 12 no bairro Henrique Leite, em Petrolina, enfrentam sérios problemas de infraestrutura e serviços públicos, especialmente na unidade de saúde local, AME. Em entrevista ao programa Nossa Voz, a comunidade expressou suas preocupações sobre o muro da unidade de saúde que ameaça cair, o deficiente atendimento, e a constante falta de medicamentos.

Carlos Alberto Nunes, presidente da associação de moradores, manifestou sua insatisfação com a negligência contínua das autoridades. “Já trouxemos secretários e a mídia várias vezes para ver a situação. A secretaria de saúde prometeu melhorias, mas apenas uma limpeza superficial foi feita. Ainda estamos esperando ações concretas,” disse Nunes.

Os residentes também destacaram problemas com a infraestrutura local. Uma caixa d’água com capacidade para 5.000 litros está sem bóia, causando transbordamento e danos às estradas e casas próximas. “A situação é crítica. A água transborda e o muro está prestes a cair, o que pode causar acidentes a qualquer momento,” relatou Rosivaldo Tavares, outro morador do bairro.

Além da unidade de saúde, a Rua 12 sofre com a falta de manutenção adequada, tornando o acesso às residências um desafio, especialmente após chuvas. “Depois que a chuva passa, continua a lama e a sujeira. Pedimos aterro à prefeitura, mas nos disseram que não há recursos disponíveis, o que é inaceitável,” afirmou uma moradora identificada como Dona Luzia.

A comunidade exige respostas e ações imediatas do prefeito e dos órgãos responsáveis. “Estamos sendo ignorados e vivemos em condições precárias. O prefeito precisa olhar por nós, é sua obrigação,” concluiu Nunes, evidenciando o sentimento de abandono que permeia o bairro Henrique Leite. A população local aguarda urgentemente por melhorias que garantam sua segurança e bem-estar.

A diretora de Atenção Básica, Fabíola Salvador, respondeu nesta quarta-feira (17), ela abordou as questões de abastecimento de água e de saúde na cidade, enfatizando as medidas tomadas para garantir a continuidade dos serviços. “A gente sabe da dificuldade que é a questão de abastecimento de água na cidade, principalmente do enriquecimento. Por isso, colocamos essa caixa d’água alta para realmente não faltar o serviço. A gente pede realmente a colaboração da comunidade para a conservação que estamos fazendo quando possível a manutenção das unidades de saúde no Henrique Leitte, que foi reformada no ano passado. Vamos mudar essa caixa d’água. Vamos colocar essa caixa d’água mais na frente da unidade. Já estamos colocando também a bóia dessa caixa d’água para não acontecer esse vazamento. O que a gente pede é a colaboração de todos para que não aconteça a quebra dessa borda dessa caixa d’água, e que a gente possa manter os nossos serviços sem parar”, explicou Salvador.

Com relação aos medicamentos, Salvador fez um apelo ao público para que informe sobre possíveis faltas. “Com relação também aos medicamentos, eu queria pedir para o ouvinte falar qual é o medicamento que está faltando porque temos a maioria dos componentes da Farmácia Básica disponíveis nas nossas unidades. Se estiver faltando algum medicamento em particular, é por questão de abastecimento mesmo. Por conta da logística, a gente precisa distribuir todos os medicamentos em 57 unidades. Lógico que no final do mês, para o início do outro, pode ser que falte pontualmente alguma medicação. As pessoas podem estar acessando o site da prefeitura, que está disponível no Portal da Transparência, a relação dos medicamentos que o município disponibiliza para ficar de melhor acesso. O município acabou de adquirir um sistema que vai nos permitir ter um maior controle, visualizar a dificuldade de cada unidade com relação ao medicamento. Então vai apontar que naquela unidade que está faltando algum medicamento e a gente pode remanejar com mais rapidez. A gente está tentando fazer essas melhorias justamente para diminuir essas possibilidades de uma pessoa ir a uma unidade e não encontrar remédio. A gente solicita que, se não encontrar remédio em uma unidade, sempre tem outra unidade no bairro vizinho”, detalhou a diretora.