Gilson Machado aposta nas ações do Ministério do Turismo e dispara contra Teresa Leitão: “A soberba precede a queda”

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Terceiro a participar da rodada de entrevista com os candidatos ao Senado do Nossa Voz, o candidato do PL, Gilson Machado fez questão de se apresentar ao eleitorado sertanejo hoje (20) como um político experiente e pronto para assumir a vaga na Casa Alta. Em acenos diretos ao senador Fernando Bezerra Coelho MDB), ex-líder do governo Bolsonaro (PL), o aliado do presidente buscou colar sua imagem como substituto do emedebista que encerra o mandato em 31 de dezembro deste ano. 

Gilson listou as ações quando ainda era ministro do Turismo, cargo que ocupou até o final de março deste ano, quando desincompatibilizou para estar apto na disputa a vaga pernambucana no Senado. “Com todo respeito aos adversários, mas eu sou o único candidato hoje que toca sanfona, que é músico também, é envolvido com o setor cultural e eu fui ministro do Turismo e Cultura do Brasil. Acho que todos me conhecem como o ex-ministro Gilson Machado, inclusive em  Petrolina tivemos várias ações como o Centro de Convenções e Eventos, que está aí graças ao governo federal e também, para fazer Justiça, ao empenho do senador Fernando Bezerra. Eu fui ministro e sei a importância de um senador para o estado. Os melhores senadores são aqueles que não tem pudor e nem vergonha de  pedir a ministro, de correr atrás de ser advogado da região”, destacou, 

O postulante também apontou que Petrolina recebeu cerca de R$ 400 milhões do governo, listando os dois viadutos da Avenida Sete de Setembro, a duplicação da saída para Recife e as pavimentações feitas na Orla e na periferia. “E o povo de Petrolina vai ser grato ao presidente Bolsonaro, porque gratidão é uma dívida que não prescreve”, cravou. 

Gilson ainda assumiu a articulação da implantação do laboratório de micropartículas da Universidade Federal do Vale do São Francisco para rastreio de substâncias proibidas nas frutas que seguem para exportação. Ele ainda levantou suas bandeiras de luta em torno das liberdades de expressão e imprensa, ressaltou ser contra o fechamento das igrejas como ocorreu na pandemia da covid 19, além de prometer a elaboração de um projeto de Lei de incentivo fiscal para as empresas que construírem creches para os filhos das suas colaboradoras. 

Sem discorrer os detalhes, Machado afirmou ter sido o responsável por assegurar a autonomia do Porto de Suape, na busca pelo escoamento das frutas do Vale do São Francisco ainda dentro do estado, entretanto, as produções ainda seguem para os portos de Pecém (CE) e Salvador (BA). 

Sobre o orçamento secreto, Gilson assumiu ser contra “porque o presidente Bolsonaro foi contra”. “O presidente Bolsonaro vetou o orçamento secreto na primeira edição (2019) e dessa última vez agora, foi aprovado com o voto de minerva do senador do PT. Então, é filosofia você querer dizer e imputar ao presidente Bolsonaro e ao nosso governo que nós somos os pais do orçamento secreto. Não. O orçamento secreto foi aprovado com o voto de minerva do senador Rogério Magalhães, do PT. Então isso tem que ser dito, por isso nós estamos aqui na Grande Rio, que é uma máquina de mídia democrática que dá espaço para a gente se defender”, ressaltou. 

Em uma visível cruzada contra o Partido dos Trabalhadores, Machado dispara fortes críticas à concorrente, Teresa Leitão, listando pontos que, segundo ele, a impedem de fazer um bom trabalho no Senado. “É muito simples. A gente sabe que o coordenador da campanha de Teresa Leitão, dito por ela mesma, é Paulo Câmara, o pior governador da história de Pernambuco. Sabe o que ela fez? Entrou na Justiça para proibir os adversários dela de chamarem ela de ‘time de Paulo Câmara’. Querendo omitir do eleitorado que ela não é candidata de Paulo Câmara e do PSB. Perdeu. O cala boca acabou, ela é a candidata de Paulo Câmara  e ponto”. 

O candidato a senador ainda apontou a postura de Leitão na Assembleia Legislativa de Pernambuco, alegando que ela votava de acordo com o governo e contra os interesses da população. Entre os exemplos ele citou a extinção em 2018 da Delegacia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp), que possuía na época 1,6 mil inquéritos no inventário. “Pergunte como votou Teresa?”, questionou. 

“Tu enterrasses a CPI da menina Beatriz. E ainda teve a coragem de dizer no debate de Caruaru, as mulheres de Petrolina e região, assistam o debate onde ela disse que não era um assunto relevante. Quer dizer, o assassinato de uma criança, que a mão vai de Petrolina para Recife andando, não era um assunto relevante. Depois ela viu e disse que foi uma CPI esvaziada porque só tinha 12 assinaturas, mas você enquanto mulher deveria ter colocado a 13ª assinatura. Mas não, fez o que Paulo Câmara determinou, o que o governo do estado determinou porque a gente sabe”. 

A candidata, que está à frente nas pesquisas de intenção de votos,  já havia refutado as críticas e afirmando que a decisão de ter ou não uma senadora do PT estava na mão do eleitorado pernambucano e ao opositor, só restava fazer turismo. Em resposta, Gilson foi taxativo. “A soberba precede a queda. Teresa, tenha humildade. Quem estava no debate da TV Cultura em Caruaru viu a sua falta de humildade com os outros candidatos. Ela já está se achando eleita. Vai levar uma lapada que você não tem noção, vai perder o prumo”, disparou, lembrando das pesquisas em 2018 que apontavam a ex-presidenta Dilma Rousseff como eleita ao Senado por Minas Gerais, entretanto ela perdeu para Rodrigo Pacheco que segue no cargo até 2026. 

“Em 2018, o presidente Bolsonaro simplesmente descredibilizou todos os institutos de pesquisa. Ele perdia em todas as pesquisas e ganhou a eleição. Dilma Rousseff estava com 30 pontos à frente em Minas Gerais, no mandato já. Rodrigo Pacheco era o terceiro colocado com 3 pontos percentuais. Quem foi o senador? Quem é o  presidente do Senado hoje? Rodrigo Pacheco. Aqui em Pernambuco, você quer uma pesquisa para eu amanhã estar na frente? É o que mais tem. Até em padaria você arruma pesquisa hoje. Mas eu não faço isso, porque não preciso, porque estamos vendo as ruas, estamos vendo que vamos ganhar essa eleição com Bolsonaro no primeiro turno e o povo de Petrolina vai ser grato ao presidente Bolsonaro”, previu Gilson Machado.