Em entrevista ao Nossa Voz, Diretor de Vigilância em Saúde de Juazeiro alerta para aumento de casos de síndromes gripais na região

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Diante de diversos relatos de pessoas com sintomas gripais nos últimos dias na região, o Nossa Voz desta quarta-feira (5), trouxe o Diretor de Vigilância em Saúde de Juazeiro, Djalma Amorim, para falar sobre o aumento de atendimentos observado no final de 2021 e nos  primeiros dias de 2022. 

De acordo com Djalma, a Bahia e boa parte do Brasil está passando por uma epidemia de gripe e as unidades de saúde têm observado um aumento no fluxo de pessoas. “Juazeiro é um local de passagem  para diversos lugares, portanto, como muita gente passa por aqui, observamos um aumento da demanda tanto na UPA, como em hospitais da rede público e privada e das unidades básicas de saúde. Porém, ainda temos a subnotificação, pois muitas pessoas não buscam atendimento médico e ficam se tratando em casa”, diz.

O diretor explica como está sendo o processo de triagem para descobrir se a pessoa está com Covid-19 ou com a influenza. “Os sintomas das duas doenças são bastante semelhantes, o diagnóstico diferencial é laboratorial. Pessoas com dois dias ou mais de sintomas como febre, tosse, cansaço, falta de ar, dor de cabeça procuram atendimento, é feito uma triagem. Se o quadro clínico inspirar cuidados médicos, é feito o teste para Covid-19, caso descartado, é tratado como gripe, o teste é enviado para o laboratório e o resultado sai entre três e cinco dias”, explica. 

Diante desta epidemia de gripe, a população precisa continuar tomando cuidados de prevenção, como evitar entrar em contato com outras pessoas, usar máscara, álcool em gel e procurar atendimento médico caso os sintomas gripais piorem. Djalma esclarece ainda que a vacina disponibilizada contra a gripe protege contra algumas variantes, mas não impede o contágio. “A vacina que está sendo disponibilizada no mercado este ano foi produzida o ano passado, e, apesar de proteger contra a H3N2, não protege contra a nova variante que está em circulação. A diferença, o x da questão está aí. Mesmo as pessoas vacinadas podem contrair o vírus e contaminar outras pessoas”, afirmou.