Danilo Cabral detalha plano para desenvolvimento do estado e destaca experiência na gestão pública

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Encerrando a rodada de entrevistas com os candidatos a governador de Pernambuco, o Nossa Voz recebeu na manhã de hoje (22), Danilo Cabral (PSB). Durante sua participação, o postulante apresentou os detalhes do seu plano de governo, dividido em quatro eixos estratégicos. Citando a experiência como secretário de educação, do estado, ele iniciou a entrevista detalhando o planejamento para o setor. 

“A gente inclui nesse eixo as preocupações nossas com a pauta da educação e você sabe a relação que nós temos com esse ambiente da educação, fui  secretário de educação do governador Eduardo Campos, nós conseguimos imprimir na educação pública de Pernambuco um padrão de qualidade que hoje é uma referência no Brasil. Nós temos avaliação do próprio Ministério da Educação, uma das melhores escolas públicas desse país. Lá atrás, fizemos chegar coisas que antes não tinham na escola como farda, merenda, livro didático, kit escolar, escola de tempo integral, que só aí na região hoje temos 25 delas instaladas aí que garantem o direito para todos os alunos do estado a terem acesso a escola de tempo integral. Nós precisamos aprofundar isso, estamos falando agora no avanço da universalização da educação profissional. Acho que esse é o passo seguinte que nós precisamos dar, fazer chegar a escola profissional presencial para todos pernambucanos para que a gente possa garantir oportunidade de emprego”. 

O candidato também reconheceu os desafios na área da proteção social. “O grande problema hoje no Brasil é a fome. Infelizmente, o governo do presidente Bolsonaro colocou de volta 40 milhões de brasileiros, que o presidente Lula tinha retirado do mapa da fome lá atrás. Essa é a dura realidade das pessoas e a fome tem que ser enfrentada como senso de urgência”. Em suas propostas, Cabral assegura a criação do programa “Comida na Mesa”. Através dele, haverá a ampliação das cozinhas comunitárias, para os municípios com a população abaixo de 100 mil habitantes possam fornecer 200 refeições diárias para pessoas em situação de vulnerabilidade social. As cidades com mais de 100 habitantes terão implantação de novos restaurantes populares, com a meta de servir 1 mil refeições diárias seguindo os mesmos critérios de atendimento. 

Outro objetivo do candidato é a descentralização dos Centros de Abastecimento (Ceasa) excluindo o papel do atravessador na comercialização de alimentos. “Vamos implantar em cada unidade de região administrativa deste estado, e são 12 que nós temos, uma delas fica no Sertão do São Francisco, uma nova unidade do Ceasa para escoar toda a produção, sobretudo aquelas que estão na agricultura familiar. Esse é um grande problema, porque além disso, gera uma grande sustentabilidade maior também porque já existe essa parceria. Eu pratiquei isso quando fui secretário da educação. A merenda do estado vinha de outros estados, recursos que eram destinados para fora de Pernambuco e a gente botou todo o setor produtivo local para fornecer a merenda no estado. Nós vamos fazer isso agora com os produtores rurais trazendo eles para essas unidades da Ceasa para vender alimentos direto para a população”. 

Como solução estruturante  da economia no estado, Danilo Cabral pretende incentivar a geração de emprego, auxiliando os empreendimentos na remuneração desses novos trabalhadores. A medida está prevista para qualquer setor produtivo. “Por três meses vamos dar R$ 600 para que quem vai contratar, se obrigue a ficar apenas mais um mês com aquele contratado. E quem quiser contratar seis meses, vamos dar R$ 1 mil com a obrigação de quem contratar ficar mais dois meses. Isso é uma forma da gente dividir a conta. A gente sabe que sairemos desse momento de dificuldades, de crise que a gente está vivenciando, mas as pessoas ainda precisam ter confiança para poder empreender. E para que a gente possa induzir esse empreendimento, a gente quer dividir a conta de qualquer trabalhador”. 

Questionado sobre a origem dos recursos para a ação de subsídio, ele reforça a experiência no setor público, incluindo o fato de ser servidor de carreira do Tribunal de Contas do Estado. “Nós estamos projetando um investimento para os próximos quatro anos em Pernambuco, e eu fiz essa conta na ponta do lápis, de R$ 15 bilhões. De onde vai vir esse dinheiro? Nós temos o movimento da melhoria na arrecadação do estado nos últimos meses em função até do aquecimento da própria economia. Além disso, nós temos um espaço fiscal para fazer o que a gente chama de empréstimos para traduzir para a população, mas tecnicamente chamamos de operações de crédito, que pode ir de até R$ 2,5 bilhões por ano. Pernambuco está equilibrado do ponto de vista fiscal. Isso foi um dever de casa que o governador Paulo Câmara fez. Estamos em pé, fiscalmente falando, com um conjunto de investimentos que podem ser feitos”. 

Cabral ainda soma a perspectiva de alinhamento com a possível eleição de Lula a presidente da república como garantia da execução dessas medidas, o que segundo o candidato custaria R$ 148 milhões aos cofres públicos, resultando na geração de Geração de 45 mil empregos. “Isso é fundamental, garantir a oportunidade de empregos para todas as regiões de Pernambuco, inclusive o Sertão do São Francisco”.