“Continuarei fazendo política mesmo que não tenha o mandato eletivo”, diz FBC sobre aposentadoria

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Aos 63 anos, Fernando Bezerra Coelho confirmou ao Nossa Voz desta terça-feira (21) sua aposentadoria na disputa por cargos eletivos. Com quase 40 anos dedicados à vida pública e um legado preenchido com ações em prol do desenvolvimento de Petrolina e do estado, o senador passa o bastão para os filhos, em especial ao prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, a quem sonha ver eleito como governador de Pernambuco. 

“Na realidade estamos vivendo um momento político importante, Miguel conseguiu à frente da prefeitura de Petrolina realizar uma grande administração, que se destaca no estado de Pernambuco, no Nordeste, no Brasil. Mostrou muito talento, não só como gestor, mas como líder político. Acho que ele representa muito bem essa renovação política que Pernambuco exige para que nós possamos inaugurar um novo ciclo na nossa política. O PSB já vai há 16 anos  à frente do poder de Pernambuco. A gente percebe nas visitas que a gente realiza em todas as regiões do  estado o desejo da alternância, da mudança, da renovação e eu tenho  muita confiança de que Miguel será vitorioso nessa fase de pré-campanha e terminará consolidando a sua candidatura ao governo de Pernambuco”, analisou FBC. 

Na oportunidade, Fernando relembrou sua trajetória política. “Comecei  em 1982, tive a oportunidade de servir ao povo de Petrolina e ao povo de Pernambuco em diversos mandatos como deputado estadual, deputado federal duas vezes, prefeito de Petrolina por três ocasiões, secretário de estado por três vezes, ministro da Integração e agora, senador da república. São 40 anos de atividade política, acho que dei a minha contribuição de forma positiva para o desenvolvimento de Petrolina, da região e do meu estado e acho que chegou a hora de passar o bastão para essa nova liderança”. 

Apesar de afirmar publicamente que passa o bastão para os filhos, Bezerra Coelho assegurou que permanecerá ativo nas articulações, mesmo fora de um mandato.  “Fico muito feliz de que a gente possa perceber, sem nenhum exagero que o [deputado federal] Fernando Filho, [prefeito de Petrolina] Miguel e [deputado estadual] Antônio estão preparados para o desafio de bem representar os interesses da nossa cidade, da nossa região e do nosso estado. Portanto, agora vou me abraçar com outras causas, outros desafios, mas é importante destacar que eu continuarei fazendo política mesmo que não tenha o mandato eletivo”. 

Questionado se a decisão não acontece de forma precoce, o senador reforçou ter segurança na escolha. “Acho que a gente tem que saber a hora de concluir os desafios e acho que tenho a oportunidade de fazer essa transferência de responsabilidade e tenho certeza de que deixo em muito boas mãos a responsabilidade de representar os interesses da nossa cidade a essa nova geração que tem demonstrado já muita capacidade, muito talento e muito espírito de liderança, espírito público, para continuar defendendo os interesses da nossa região”. 

Ele também homenageou os políticos que o precederam. “Essa minha atuação na vida pública, evidente, que foi muito estimulada pelos que me precederam. Como o senador Nilo Coelho, o governador Nilo Coelho, o deputado Osvaldo,  prefeito Augusto, José Coelho, foram tantos que vieram antes de mim e eu acho que agora nós temos aí três bons nomes que estão se destacando na política do estado e que terão todas as condições  de continuar esse trabalho que diferencia Petrolina, a sua força política para poder empurrar os seus sonhos de progresso e desenvolvimento”. 

Sobre os rumores de uma indicação ao Tribunal de Contas da União, Fernando Bezerra Coelho optou por não antecipar informações. “Na realidade, ainda é muito cedo para discutir essa possibilidade porque não existe a vaga aberta para a indicação do Senado da República. A vaga poderá se abrir se o ministro Raimundo Carreiro resolver antecipar a sua aposentadoria. Mas, em tese, ele só se aposentará em 2023. então, é só mera especulação e vamos aguardar para não estarmos falando, digamos, uma hipótese que ainda não existe uma concretude. Então, eu prefiro não comentar e aguardar se isso vai se concretizar ou não”.