Compesa diz que pode participar da licitação em Petrolina, mas que cláusulas do edital deve ser revistas

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(foto: Milena Pacheco/Nossa Voz)

Nos últimos dias na gerência Regional da Compesa em Petrolina, João Raphael Queiroz, em entrevista ao Nossa Voz desta sexta-feira (24), falou sobre o entrave com a prefeitura que tentar emplacar uma nova concessão dos serviços de água e esgoto no município. O gestor da Compesa, que está deixando o cargo neste mês janeiro, disse que lamenta o não entendimento com a gestão municipal.

“A gente, por diversas tentou sentar com a gestão atual da prefeitura. Fizemos grandes planejamentos, tanto planejamento pra cumprir o aditivo do contrato de concessão, que é até 2037, como também, à pedido da própria prefeitura, fizemos um levantamento menor, de até sete anos. Nesse período a gente ia conseguir atender, universalizar o abastecimento de água, com águia tratada em todo o perímetro de irrigação. Também, na cidade de Petrolina, nós iriamos avançar para quase 96% de saneamento durante esse período, até 2025. Mas, infelizmente, não foi aceito pela prefeitura. Então, isso deixa sim uma insatisfação porque a gente poderia ter feito muito mais”, lamentou o gerente João Raphael.

O diretor de interior da Compesa, Marcone de Azevedo ponderou que o edital de licitação, elaborado pela prefeitura, ainda está passando pelo crivo do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), mas que cláusulas como o fim do subsídio cruzado, por exemplo, devem ser revistas. “Se for necessário, vamos participar sim da licitação. Acredito que não vai ser uma coisa simples esse edital ser lançado e esse processo avançar. Mas ele avançando, nós temos todo o interesse de continuar prestando serviço aqui em Petrolina. E essa cláusula vai ter que ser discutida, porque Petrolina não pode ser uma cidade isolada. A gente não pode esquecer as cidades do entorno do Sertão do São Francisco”, justificou.