Com salários atrasados e especialistas demitidos, Hospital Regional de Juazeiro tem acompanhamento do Sindmed

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Com salários atrasados, médicos do Hospital Regional de Juazeiro estão contando com a atuação do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) para minimizar os prejuízos sofridos com as mudanças administrativas da unidade. O HRJ vem sendo investigado pela Polícia Federal. A Operação Metástase, realizada no mês passado, desarticulou um suposto esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos destinados à gestão do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ). Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e 16 mandados de busca e apreensão.

Antes disso, pelo menos cinco especialistas de áreas essenciais no tratamento de pacientes da covid 19 foram desligados dos quadros do hospital. Hematologistas e Infectologistas foram demitidos sem explicação em meio a nova onda do coronavírus na região.

Em entrevista ao Nossa Voz desta quinta-feira (10), a presidente do Sindmed, Ana Rita Luna Peixoto falou sobre a situação desses profissionais de saúde e o diálogo já estabelecido com a nova administração do HRJ. “Há médicos contratados pelo regime da CLT que estão temerosos que os contratos sejam rescindidos e não pagos. E há colegas contratados como pessoa jurídica que estão com notas atrasadas”, revelou complementando que os salários de outubro e novembro não foram pagos. Para os contratados via CNPJ, há situações alarmantes, com notas em aberto desde 2018.

Recentemente, uma comissão do Sindimed esteve em Juazeiro para acompanhar de perto a transição administrativa da unidade, agora gerenciada pela Organização de Saúde Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Entre as demandas encaminhadas pela entidade sindical estavam a manutenção dos salários praticados atualmente, continuidade dos contratos em regime de CLT, com a possibilidade das contratações via pessoa jurídica entre os optantes dessa modalidade, readmissão dos especialistas demitidos e ativação dos leitos de UTI covid desativados, após as fortes chuvas que danificou o teto do hospital e causou o dano permanente aos respiradores utilizados no local. Além disso, o Sindmed solicitou informações sobre o repasse da contribuição desses profissionais ao FGTS.

Atualmente a Osid já administra hospitais do Governo do Estado em Irecê, Barreiras e Santa Rita de Cássia.