Brasil reduz exames que identificam novas cepas de coronavírus

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O Brasil reduziu em mais de 60% o número de exames de sequenciamento genético do coronavírus realizados. Este procedimento identifica as variantes em circulação. Isso significa que enquanto novas mutações vem sendo descobertas em todo mundo e até no Brasil, já que uma variante foi identificada no Amazonas, o país está verificando menos as linhagens em circulação. 

Além disso preocupa o fato prejudica a identificação do surgimento de novas cepas. As informações foram apuradas pelo Estadão.

A reportagem ressalta que entre março e maio de 2020, os primeiros meses da pandemia no Brasil, foram realizados 1.823 sequenciamentos no Brasil inteiro. 

Enquanto isso no fim de 2020 e início deste ano, entre novembro e janeiro, 585 exames de genomas foram realizados. 

Os dados foram levantados junto a Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir das amostras depositadas no site Gisaid, banco online de sequenciamentos com dados do mundo inteiro. Vale destacar que o depósito das análises no sistema Gisaid pode demorar algumas semanas.

Especialistas ouvidos pela reportagem ressaltam que o atraso pode ter algum impacto na redução. Mas eles também sinalizam que apenas isso não explicaria a diferença de 68% no número de genomas sequenciados em comparação nos dois períodos.