Ao discutir a saúde no estado, vereadores polarizam discursos em defesa dos pré-candidatos a presidência da república

0

Na sessão desta terça-feira (03), os vereadores debateram a situação da saúde do estado, pautados pela queda de parte do teto do Hospital da Restauração, que embora esteja instalado na capital, recebe pacientes de todas as regiões  pernambucanas. Entretanto, em meio aos argumentos as questões nacionais permearam os discursos, trazendo falas ofensivas e acusações aos pré-candidatos à presidência da república e seus partidos. 

O primeiro a pronunciar foi o vereador Ronaldo Silva, que além de criticar a falta de investimentos do governo de Pernambuco na saúde, fez questão de listar recursos repassados pelo presidente Bolsonaro para o combate à pandemia.

“E a gente ver ainda a oposição  falar do presidente Bolsonaro, que não tem  investido na saúde de Pernambuco e do nosso  país. Tem investido sim, mas os surrupiões estão de plantão, pegam o dinheiro do povo e colocam no bolso. E o povo que sofra, que morra por falta  de atendimento por esses irresponsáveis, esse monte de ladrão que se instalou no nosso país’. 

O vereador Diogo Hoffmann também se pronunciou e destacou a investigação da Polícia Federal da CGU no caso da compra de respiradores pelo Consórcio do Nordeste com dispensa de licitação a uma empresa que atua na venda de produtos à base de cannabis sativa. Lembrando que os governadores que integram esse conjunto fazem oposição ao governo Bolsonaro. 

“Foram bilhões destinados a municípios e estados para a construção de hospitais, aquisição de material médico, insumos, construção de hospitais de campanha, tudo isso aconteceu porque o governo federal abriu a torneira não para a corrupção, mas para que o dinheiro chegasse até os estados. Vale destacar que um determinado governador de um estado vizinho ao nosso quando atravessamos a ponte, que era o gestor do Consórcio do Nordeste, está sendo acusado do desvio de uma conta de mais de R$ 30 milhões em respiradores, comprou de uma empresa que produz medicamentos a partir da cannabis, da maconha”. 

Atento às declarações dos vereadores de situação, o vereador Gilmar Santos contestou os avanços apontados pelos bolsonaristas e disse que Bolsonaro é o pior presidente da história do Brasil.

“Eu fico aqui muito triste que venham aqui nessa casa defender esse governo da morte, genocida, assassino, depois de tanta maldade que esse governo fez contra esse povo brasileiro. São 650 mil pessoas mortas pela irresponsabilidade desse governo, apoiada pelo grupo do senador Fernando Bezerra Coelho, apoiada por vereadores desta casa que cinicamente continuam apoiando, de forma perversa, mesmo depois de tanto sofrimento da nossa população. É uma milícia que  coloca segredo nas tramoias, nos esquemas de 100 anos, não tem transparência. (…) Eu gostaria muito que o vereador que faz essa defesa de Bolsonaro saísse na periferia e dissesse ao povo que esse governo que o senhor defende é bom, que é decente. Queria que dissesse isso a população que está na fila do osso, que está revirando comida no carro do lixo, que está desesperado com o preço do gás, com o preço da gasolina, ao povo que não consegue pagar aluguel e está nas ocupações”. 

Capitão Alencar fez questão de rebater e chegou a chamar o ex-presidente Lula de ladrão, reforçando que quando o petista sair às ruas para pedir votos será recepcionado com uma chuva de ovos lançados pela população. 

“A gente fica muito triste, principalmente por ele dizer que policial não é gente. O que o policial é? Um extraterrestre vindo de outro planeta? (…) A polícia é gente, ex-presidente Lula, e  nunca mais será. É a polícia que dá a vida pelas pessoas. (…) E vem um elemento desse, sujo, cheio de processo, que responde sim a processos porque foram anulados mas voltarão a ser julgados de novo, e logo,  logo, ano que vem, mudarão alguns ministros que envergonham o nosso país e farão justiça novamente e colocarão esse ladrão novamente na cadeia para ele respeitar o povo brasileiro. E digo mais, é uma vergonha que ele não saia nas ruas para pedir votos (…) Eu fico calado com essas pesquisas e no dia que o seu presidente sair às ruas e levar a multidão que o meu presidente está levando, aí eu fico calado e acredito nessas pesquisas. E vou dizer a vossa excelência, saia de perto dele quando ele estiver passeando por aí, porque vai tomar ovo na cara também”, apontou.