“A vigilância nunca recebeu uma reclamação que um animal deixou de ser abatido porque não tinha capacidade” aponta Marcelo Gama

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Nesta terça-feira (27), o programa Nossa Voz recebeu o diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária de Petrolina, Marcelo Gama, para fazer um balanço das ações da agência em 2022. Segundo ele, este ano foi produtivo em termos de fiscalizações. “Balanço positivo, 27 autos de infrações – abertura de processos administrativos sanitários, 14 interdições,  196 interdições, 2.583 licenças sanitárias emitidas,  1690 kg de carne apreendida e mais de 500 estabelecimentos cadastrados na vigilância”, afirmou o diretor-presidente. 

Em relação a apreensão de, aproximadamente, 300 kg de carne abatida de maneira clandestina e armazenada em desacordo com as normas sanitárias para o consumo realizada na última sexta-feira (23), Marcela Gama, destacou os riscos causados à população por conta desse abate clandestino. “O abate clandestino favorece o crime não apenas do ponto de vista vigilância sanitário, pode favorecer o crime de furtos ou roubo de animais. Esses animais não tem rastreabilidade desde do seu abate. A questão sanitária, mesmo com limitações que ainda existem no abatedouro de Petrolina e de Rajada, eles têm tentando se adequar ao máximo possível, mas existe um responsável técnico que é um veterinário. Essa carne é avaliada antes da morte e pós-morte do animal, essa carne após o abate precisa passar por um refrigeramento na câmara fria. Todo esse cuidado, a higienização da carne previne para que esse produto chegue na mesa da população de uma forma segura. Então, o abate clandestino não tem quando nos deparamos com o abate clandestino essa situação é precária, são sangrados para que eles não façam barulho”, finalizou.

De acordo com o diretor-secretário, são recebidas diariamente denúncias de carnes de uso irregular.“Hoje pela manhã, recebi uma denuncia sobre carne clandestina na Areia Branca, foram apreendidas 90 kg.” Além disso, contou que as ações de educação sanitárias estão sendo feitas nesses locais cabe a população ter consciência. “Esse ano fizemos a cooperação com a Univasf e fizemos orientações com os marchantes da Areia Branca, mas há ainda comerciantes que ainda tentam burlar a lei, mas é o próprio marchante que é concorrente que abate corretamente, ele mesmo faz a denúncia porque não vai ser lesado”.

Contudo,  em relação à reclamação de falta de capacidade do abatedouro de Petrolina,  Marcelo pontuou que até o momento não foi registrado esse tipo de denúncia e pelo contrário é feito um trabalho acima de dez mil. “O abatedouro de Petrolina, entre caprinos, supera 12 mil animais por mês que são abatidos. A vigilância nunca recebeu uma reclamação que um animal deixou de ser abatido porque não tinha capacidade. O abatedouro se organiza para o abate semanal. Já recebeu a reclamação que o abate não tá bom, porque precisa melhorar isso e isso”.  Além disso, ressaltou sobre o funcionamento do abatedouro de Rajada “ O abatedouro de Rajada abate por mês 2300 a 2200 por mês, mas funciona muito bem para a capacidade que ele tem”, destacou o diretor-presidente. 

Ao ser questionado dos animais soltos na cidade e a sua alimentação no Centro de Controle de Zoonose (CZZ) informou que “A sujeita que esses animais causam é o menor risco. O maior risco são acidentes que eles provocam, a população, boa parte dela, insiste em criar e não tem sequer terreno de área rural e urbana e insiste em criar animais amarrados em árvores e soltos principalmente no horário que sabe que o caminhão não vai rodar. O caminhão roda de domingo a  domingo, das 7h às 19h. Agem de má fé e aproveitam que os animais sejam soltos após a parada do caminhão. Sobre a alimentação dada aos animais: “O alimento dado no CCZ é um alimento de manutenção, não é justo a gente pagar tantos impostos para que esses animais sejam engordados no CCZ, tem animais que passam vários dias lá. Esses animais não passam fome quanto menos tempo eles passam no curral, melhor que preservar o erário público”, analisa Gama. 

Por fim, o Marcelo Gama, concluiu sua participação que há previsão que o município tenha um novo veículo para contribuir no recolhimento de animais. “A carrocinha usada hoje foi adaptada e não suporta mais. Por isso, foi feita uma compra de equipamentos. A carrocinha sai da oficina e quebra. Pensando nisso, o prefeito autorizou um novo carro e está aguardando emplacar, assim que o carro começar a andar vamos atender as demandas,

As denúncias ao Centro de Controle de Zoonose podem ser feitas pelo 156.