Trabalho temporário cresce e abre 1 milhão de vagas com mercado instável

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(Foto: Reprodução)

Enquanto o emprego formal patina em meio à crise econômica causada pela pandemia, o trabalho temporário dá sinais de força. Levantamento da Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) junto às empresas do setor estima que 1 milhão de vagas temporárias tenham sido preenchidas no primeiro semestre deste ano. Trata-se de uma alta de 47% em relação à igual período do ano passado.

Em alguns segmentos, a demanda por esse tipo de contrato praticamente dobrou. Logística, alimentação, varejo, saúde, agronegócio e o setor farmacêutico são os que mais abriram posições. As agências apostam ainda em um aumento médio de 28% no volume total de vagas temporária em 2020, na comparação com 2019.

A crise sanitária, que deixou um saldo negativo de 1,2 milhão de vagas formais no primeiro semestre, de certa forma, avaliam especialistas, criou as condições para o avanço do contrato temporário.

Para o trabalhador, a principal diferença em relação ao contrato convencional regido pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é que, ao ser demitido, não terá direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ou acesso ao seguro-desemprego.

Os contratos não precisam ter prazo estipulado, mas valem por até 180 dias. Se a empresa puder provar que ainda precisa desse funcionário, a lei prevê que ele ainda pode continuar por outros 90 dias, somando um período máximo de nove meses na empresa. Por outro lado, se a tal demanda extraordinária se encerrar antes, a demissão fica muito mais simples para a empresa, que só precisa pagar os dias de trabalho e as férias proporcionais.

Com informações: Agência Brasil