Pernambuco está no 2º lugar no ranking nacional de desemprego

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Entre janeiro e março deste ano, Pernambuco teve a segunda maior taxa de desemprego de todo o país: 17%. Isso significa que 724 mil pessoas procuraram vagas. A baixa qualificação de mão de obra e a perda de auxílios concedidos pelos governos, a partir da melhora dos índices da pandemia, são fatores que podem explicar a vice-liderança no ranking nacional.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a retirada dos benefícios repassados na pior fase de isolamento social é um dos fatores para o aumento da procura por empregos, no primeiro trimestre do ano.

O instituto diz que o estado tem, proporcionalmente, uma massa de pessoas que precisam desse tipo de ajuda maior do que outros locais.

Os dados de desemprego no Brasil foram divulgados, nesta sexta (13), na Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD Contínua).

O estudo aponta que, na liderança do ranking de desemprego, Pernambuco perdeu só para a Bahia, com 17,6%.

O estado tem uma força de trabalho calculada em 4,2 milhões de pessoas. Desse total, 3,5 milhões estavam ocupadas, entre janeiro e março.

O economista Tiago Monteiro aponta que Pernambuco tem, historicamente, de 4% a 5% mais desempregados em relação à média nacional.

A PNAD contínua aponta que, na média nacional, a taxa desemprego ficou no 11,1%. A pesquisa mostrou, ainda, estabilidade frente ao 4º trimestre, mas com a falta de trabalho ainda atingindo quase 12 milhões de brasileiros.

“É um estado de uma complexidade muito baixa de emprego. Tem uma carência muito alta de mão de obra qualificada onde é possível você ver vagas de emprego de alta qualificação e sem ter a capacidade”, afirmou Tiago Monteiro.

O economista também citou o problema na base Industrial e o fim das vagas no setor. “Há dez anos, quando ocorreu a explosão de empregos no complexo de Suape, no Grande Recife, a taxa de desemprego foi bem melhor” comentou.