Pernambuco avalia reabrir leitos de UTI para o novo coronavírus se ocupação superar 80%

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Foto: Divulgação

Com a taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva (UTI) cada vez mais perto dos 80% em Pernambuco (para os casos de suspeita e confirmação de Covid-19), o governo reconhece a importância de acender o alerta para sinais de sobrecarga em hospitais e, por isso, avalia reabrir vagas que foram desativadas durante o período de queda acentuada dos casos graves da doença no Estado. Paralelamente foi anunciada a abertura de mais um centro de testagem do novo coronavírus, no modelo drive-thru, para melhor monitorar o panorama da pandemia e facilitar a realização dos exames pela população. O espaço funcionará a partir da próxima quarta-feira (11), no Ginásio Esportivo Geraldo Magalhães (Geraldão), no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. 

“Continuamos monitorando os indicadores hospitalares, e o nosso plano de contingência prevê que, se forem alcançadas taxas sustentadas superiores a 80%, iremos desbloquear leitos, reconvertendo-os para o atendimento aos casos de srag (síndrome respiratória aguda grave)“, informou ontem (5), em coletiva de imprensa transmitida pela internet, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo. Ele acrescentou que o Estado chegou a contar com mais de 1,5 mil vagas de UTI para os casos suspeitos e confirmados de covid-19, somando os leitos do governo do Estado e da Prefeitura do Recife. “Hoje são 786. Mesmo assim, a ocupação está em um patamar de controle”, garantiu Longo. 

Sobre os casos graves do novo coronavírus confirmados em outubro (um total de 700 registros), o secretário destacou que, em comparação com o mês de setembro (813 casos), houve uma queda de 14%. Para ele, até este momento, os números estão dentro de um patamar de estabilidade e controle, sem tendência de aumento. “Terminamos o mês de outubro melhor do que começamos, com uma queda de 9,1% nas notificações de casos graves e de 25,8% nos óbitos por srag. Mas esses dados precisam continuar sendo monitorados para ver se teremos mudanças no cenário epidemiológico, porque, até agora, os registros de aumento nas internações não estão tendo reverberação nas notificações.” 

Na quarta-feira (4), André Longo se reuniu com representantes das unidades estaduais de referência para analisar o grau de pressão que a covid-19 tem feito na assistência. “O relato é de que houve, de fato, uma pequena elevação nas internações, mas esse aumento não tem sido motivado pela covid-19. São os mais diversos casos com repercussão respiratória e com baixa positividade para covid-19.“, contou o secretário estadual de saúde. (Fonte: JC Online)