Pedido de explicações sobre remanejamento de verba de R$ 2,2 milhões da cultura é rejeitado na Câmara de Petrolina

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Sem projetos em pauta, os requerimentos de autoria dos vereadores de oposição voltam a polarizar os debates na Casa Plínio Amorim. Um deles, de autoria do vereador Gilmar Santos, cobrava informações sobre onde foram ou serão investidos os R$ 2.288.000,00 que seriam destinados para a área cultural este ano de 2022, mas foram remanejados pela gestão municipal. O outro, proposto pelo vereador Marquinhos do N04, solicitava o prazo final da obra e previsão de reinauguração da Escola Municipal Dr. José Araújo, no Assentamento Rio Jardim, que deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado. Ambos foram rejeitados, após o líder da situação, Diogo Hoffmann ter pedido destaque nas duas proposições. Os demais requerimentos e indicações foram aprovados 17 votos. 

Ao justificar o pedido de rejeição das solicitações feitas pelo oposicionistas, Hoffmann afirmou que um deles, de número 311, de autoria de Gilmar, tinha o tema semelhante a outro já apreciado pela Casa. Já o requerimento nº 315, de autoria de Marquinhos teria a sua justificativa pautada nas dificuldades trazidas pela pandemia da covid 19. 

Não convencido pelas justificativas do líder da situação, Gilmar Santos disparou que a rejeição a uma cobrança de explicações sobre a destinação de recursos pode apontar a conivência dos situacionistas com um “esquema” executado com dinheiro público. A afirmação ofendeu o vereador Zenildo Nunes que tentou interromper o discurso de Gilmar, mas foi repreendido pelo presidente da mesa, Aero Cruz. 

Ronaldo Silva também se pronunciou sobre a rejeição dos requerimentos e afirmou que o remanejamento de recursos é culpa da maioria da casa, inclusive dele, que aprovou o livre remanejamento de 40% orçamento municipal e deu razão a Gilmar por cobrar a prestação de contas da verba que deveria ser investida na cultura.

Marquinhos do N04 defendeu o esclarecimento dos seus questionamentos, inclusive qual é a estimativa do custo total para a entrega da obra da escola finalizada, já que o valor indicado originalmente era de R $314.302,69. O parlamentar também cobrou que fossem anexados todos os contratos e aditivos associados à reforma, além do enviar o relatório do fiscal desses contratos, constando o detalhamento de cada medição, faturamento e reais motivos da paralisação.

Zenildo Nunes negou que a situação encubra qualquer esquema e reafirmou a independência dos integrantes da bancada. 

Na hora da votação, ainda houve uma breve polêmica entre as formas de manifestação dos parlamentares, entre Aero Cruz e Gilmar Santos, mas foi reprimida pelo presidente. 

Ao final, os requerimentos foram rejeitados por 12 votos a 06. Votaram contra os requerimentos os vereadores Josivaldo Barros, Marquinhos Amorim, Capitão Alencar, Ruy Wanderley, César Durando, Wenderson Batista, Diogo Hoffmann, Edilsão do Trânsito, Major Enfermeiro, Maria Elena, Manoel da Acosap, Zenildo Nunes. Foram favoráveis os vereadores, Gilmar Santos, Marquinhos do N4, Samara da Visão, Elismar Gonçalves, Ronaldo Silva, Alex de Jesus.