Odacy justifica candidatura a deputado estadual e busca entendimento com Cristina Costa e Gilmar Santos

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Embasado na estratégia do Partido dos Trabalhadores de reforçar a presença feminina no Congresso Nacional, o ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim (PT), justificou em entrevista ao Nossa Voz de hoje (23) os motivos que levaram a decisão de sair candidato a deputado estadual. Com isso, sua esposa, a deputada estadual, Dulci Amorim, seguirá para a disputa à deputada federal, num cenário de nomes bastante conhecidos pelo eleitorado sertanejo, a exemplo de Guilherme Coelho, Fernando Filho e Gonzaga Patriota. 

“A decisão sobre voltar a disputar o mandato de deputado estadual parte de uma estratégia do partido que, inclusive na coligação com o pré-candidato a governador, Danilo [Cabral], decidiu que se eleito, metade do secretariado dele será de mulheres, então,  partido prioriza essa questão de ter uma presença masculina e feminina. Então, com a saída da deputada Marília para outro partido ficou esse espaço da construção da presença de mulheres na disputa pelo Congresso Nacional”, pontuou. 

Além disso, a indicação de Teresa Leitão ao Senado seria mais um fator a contribuir com a inversão das candidaturas dos Amorim. “A deputada [estadual] Teresa [Leitão] iria para deputada federal, mas com a saída da deputada Marília, ficaria agora a indefinição de quem iria para o Senado. Entre os nomes que foram discutidos, estavam o de Carlos Veras, de Tereza e o meu nome, que também foi avaliado. A gente optou por uma mulher e com a indicação de Tereza, o partido agora quer a presença de mulheres no Congresso Nacional e nós entendemos”, pontuou deixando claro: “É prego batido e ponta virada, eu vou disputar o mandato de deputado estadual”. 

Com a decisão tomada, Odacy ainda reforça os atributos que habilitam Dulci Amorim à disputa pela Câmara Federal. “Dulci aqui é uma referência nessa questão. Danilo é pré-candidato a governador, vem da linha da educação, foi secretário de educação de Eduardo Campos, implantou, expandiu com muita força essa questão da escola de tempo  integral que elevou a posição de Pernambuco na área de educação pública. Aí vem a deputada Teresa que vai para o Senado, que é uma educadora e tem uma caminhada e tem a avaliação do nome da candidata Dulci por ela ser uma educadora. E da nossa parte entendemos como uma coisa muito boa porque o Sertão nunca teve uma mulher candidata a deputada federal para disputar um mandato nas condições que estamos hoje, com Lula presidente. Uma mulher cristã, educadora, então, essa é discussão”. 

Questionado sobre as demais candidaturas dos colegas de partido, a ex-vereadora  Cristina Costa e o vereador Gilmar Santos à Assembleia Legislativa de Pernambuco, Odacy Amorim afirmou ao NV que pretende buscar o entendimento, mas se não for possível é melhor que eles disputem pelo PT. “Entendo como natural o desejo, o interesse dos dois, da ex-vereadora Cristina, do vereador Gilmar, a gente respeita e  se for possível construir um entendimento, a gente vai atrás dele. Se não, é melhor que eles sejam candidatos dentro do PT do que fora. A gente tem que ter a visão de grupo, de entender que precisamos fortalecer nosso campo. (…) Então, se for possível o entendimento com a ex-vereadora e com o vereador será muito bacana a gente poder construir. Caso não seja, a gente  já vai respeitar a posição deles”.