“Não vá às compras por impulso, verifique!”, aconselha professora de economia sobre alta de preços dos alimentos

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Nos últimos dias a Faculdade de Petrolina (Facape), divulgou um estudo de que os alimentos estão mais caros em Juazeiro do que em Petrolina. Para explicar as consequências desta distinção de valores, o Programa Nossa Voz entrevistou a Coordenadora do Curso de Economia da Facape, Socorro Macedo. 

“De dezembro para janeiro, a cesta básica de Juazeiro subiu mais 7.29% e em Petrolina, 2.41%, pois os valores acumulados vem projetando dessa forma. Quando juntamos os dois, o acumulado do mês era de 4.79% e, nos últimos 12 meses, Juazeiro acabou subindo mais que Petrolina”, explicou a professora e reforçou dizendo que essa diferença está atribuída para alguns produtos que ficam mais baratos em um lugar do que em outro.

Na salada, no vinagre ou no molho da macarronada, o tamente é o queridinho dentro das cozinhas. Mas nas últimas semanas vem deixando os consumidores assustados com a alta do preço. Socorro Macedo contou na entrevista que o preço do fruto só tem a subir. “Não tem muito o que mudar, a perspectiva infelizmente é de que esse processo acabe  mais comprometido”, disse a professora. 

Ela contou que o aumento do preço está atrelado a escassez de produção durante a pandemia. “Está havendo uma desorganização muito grande nas cadeias produtivas, a pandemia vem fazendo que alguns produtores produzam e outros não”, explicou. 

A professora ressaltou que a onda de calor que vem se sustentado na região sul do país, também é responsável pelo aumento dos preços dos alimentos.  A seca no sul compromete a produção da soja e do milho, e isso significa que o alimento para o animal fica mais caro, a carne vai ficar mais cara e, automaticamente, o leite mais caro. É uma sequência de preços caros.  […] Daqui há algum tempo nós vamos falar que agricultura estará mais comprometida”. 

Para driblar a crise, Socorro Macedo aconselha pesquisar mais na hora de fazer as compras. “A saída é verificar o que já tem no estoque, verificar o que tem em casa, não ir às compras por impulso”, contou a professora.