Maio Amarelo: Redução de acidente no trânsito ainda é pequena em Petrolina, diz HU

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“No mês de março o hospital registrou 607 atendimentos, 466 é acidente de moto. Dentro desse cenário a diferença é pequena, disse Zalcléia Freitas, assistente social do Hospital Universitário de Petrolina. (Foto: Reprodução)

O ano de 2020 tem sido um verdadeiro desafio para todos com o avanço da pandemia de Covid-19. E no mês de maio, mais uma luta é travada: Chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.

Nesta sexta-feira (15), a assistente social do Hospital Universitário de Petrolina, Zalcléia Freitas participou do programa Nossa Voz e falou sobre o trabalho da unidade que é referência em traumatologia. “De fato, temos números significativos com relação a pandemia do novo coronavírus, mas é importante a gente trazer essa mensagem do movimento pelo reforço internacional de mobilização, conscientização para redução de acidentes de trânsito. O Hospital Universitário de Petrolina tem um papel importante, principalmente porque ele é referência em traumatologia e neurocirurgia. O Hospital recebe fraturas, traumatismos intracraniano, isso são números que impactam não só no planejamento da instituição, mas como sequela maior para sociedade”, disse Zalcéia.

Questionada se houve alguma redução no número de acidentes, levando em conta que estamos em plena pandemia da Covid-19 e com recomendação expressa de distanciamento social, Zalcléia destacou: “Ao longo dos anos, o HU tem uma média de 700 a 750 atendimentos, e agora em período de pandemia temos dados, números referentes ao mês de janeiro até março. A gente teve em janeiro de 626 atendimentos, 452 por acidente de moto. Em fevereiro, de 679 acidentes, tivemos 513 acidentes de moto, no mês de março 607 atendimentos, 466 é acidente de moto. Se você for parar para analisar, dentro de período de isolamento social, a gente tem uma diferença pequena.

Na campanha Maio Amarelo, o Hospital Universitário tem como lema ‘Isole o risco no Trânsito‘. Mas mesmo com a mobilização, segundo a assistente social, os números continua elevados.

Zalcléia Freitas ainda pontuou que o HU está se preparando para um cenário ainda mais complicado. “O reflexo que identifica é que diminuo, mas a gente também está de se preparando para um outro cenário. O Hospital Universitário de Petrolina atendente uma macro região de 53 municípios, são pessoas que vem reguladas, além dos acidentes da região, pelo o hospital ser um hospital de portas abertas a gente ver esse impacto diretamente (…). Esses acidentes de trânsito o hospital notifica, a gente inclusive já tem o perfil desses acidentes, das pessoas que são vítimas de acidente o que mais preocupa em meio a pandemia ainda assim a gente tem recebido uma quantidade de demandas pro traumas que diminuiu, mas ainda não foi o esperado”.

Diretos Sociais as pessoas que sofrem acidentes

“Dentro do acidente existe uma repercussão social, econômica, um impacto para o paciente para sua vida de trabalho, para sua família, então um repercussão que o acidente trás que a gente tem que chamar atenção. Dependendo do tipo de sequela, a pessoa vítima de acidente vai conseguir acessar o seguro DPVAT, mas se ele tiver trabalhando na informalidade ele não vai conseguir acessar o auxilio acidente. Diferente daquele trabalhador que tem o vinculo formal, que tem a carteira de trabalho”, destacou Freitas.

Acidente na Informalidade

“Então a gente tem que pensar que o grande número de pessoas vítimas de acidente estão na informalidade e acaba ficando desamparada de algum benefício. Existe o benefício assistencial que ele não é previdenciário, ele é gerido pela política de assistencial, mas ele vai ser direcionado para aquelas pessoas que ficaram com sequelas permanentes e irreversível. Mesmo na informalidade ele só terá direito se tiver com bastantes sequelas. Imagine como isso trás um impacto significativo para a vidas das pessoas”, especificou a assistente social.


(Por: Iara Bispo/ Nossa Voz)