Em Juazeiro, ACM Neto descarta clima de “já ganhou” e afirma que não terá candidato a presidente da república

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Apesar das pesquisas apontarem uma vitória em primeiro turno, o pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto (União) assegura não se deixar influenciar pelas sondagens e segue com a agenda intensa de visitas às cidades baianas. Presente em Juazeiro nesta sexta-feira (29), ele visitou o perímetro irrigado baiano, também conheceu o projeto desenvolvido pela Fundação Lar Feliz, mas antes disso, estendeu o roteiro até Curaçá onde conheceu os potenciais socioeconômicos da região. 

Ao conceder entrevista à imprensa local, Neto se mostrou confiante nos apoios dos gestores da região Norte, entre eles, a prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos (PSDB), o prefeito de Senhor do Bonfim, Laércio Júnior (União) e o prefeito de Campo Formoso, Elmo Aluísio Vieira Nascimento (União) e defendeu a alternância de poder.

“A gente não está aqui para contestar os resultados das quatro últimas eleições da Bahia, mas a gente pode dizer claramente que o grupo que a governa hoje deu o que tinha para dar. Está na hora de iniciar um novo ciclo. E eu trago uma proposta que é começar o novo ciclo com segurança. Não estou aqui para desfazer tudo que foi feito nesses 16 anos, ao contrário, as coisas boas vamos preservar, vamos manter sem nenhuma dificuldade. Entretanto, a gente percebe que nas áreas essenciais, tratamos aqui de educação, recursos hídricos, de agricultura, a Bahia não mudou, não avançou, não melhorou”, afirmou criticando os índices da educação nos rankings nacionais, o avanço na criminalidade e a precariedade no atendimento à saúde. 

Sobre a aliança com Suzana Ramos, ACM destacou mais um ponto da sua agenda que foi a participação no lançamento da pré-candidatura de Jordávio Ramos à deputado estadual e assegurou que ela terá um governo parceiro caso seja eleito governador da Bahia. Entretanto, ele evitou comentar o rompimento de Suzana com seu vice-prefeito Leonardo Bandeira (SD) e com o pai dele, Joseph Bandeira (SD). Ambos, inclusive, declararam apoio a Jerônimo Rodrigues (PT). “Eu não vou fazer comentários sobre ninguém especificamente, não acho que seja o caso, mas o que eu posso lhe assegurar é que nosso time está muito forte em Juazeiro e em toda região”. 

Antes disso, o ex-prefeito de Salvador fez questão de detalhar os apoios já recebidos. “Nunca uma candidatura de oposição nasceu com o tamanho que a nossa nasce, com o apoio de uma quantidade muito expressiva de prefeitos e com adesões constantes, o apoio enorme de deputados estaduais. Imagine que de 63 deputados, hoje nós temos 29 na Assembleia. De 39 deputados federais, hoje nós temos 19, vereadores e o povo. Eu tenho dito que a minha grande aliança é com o povo da Bahia, o meu grande padrinho porque a gente está acostumado a ver certos pré-candidatos falarem dos seus padrinhos. Falam até mais deles que si próprio. Eu tenho um padrinho, é o povo da Bahia”.

Questionado sobre a pré-candidatura de Luciano Bivar a presidente pelo seu partido, Neto explica que apoiou a postulação, mas deixou claro que não abrirá palanque exclusivo no Estado. “Eu não vou nacionalizar a eleição. A eleição para governador é para governador. (…) Nós respeitamos a pré-candidatura de Luciano Bivar, ela foi aprovada no partido, com a aceitação dos membros do partido inclusive com o meu apoio. Agora, Bivar sabe, e eu já conversei com ele, que aqui na Bahia não teremos um candidato a presidente. Vamos manter o nosso palanque aberto. A nossa expectativa é de reunir 10 partidos e aí, cada um deles tem o seu candidato”, explicou, listando PSDB de João Dória, o Republicanos da base de Bolsonaro,  Solidariedade que anunciou apoio à Lula e o PDT, partido de Ciro Gomes. “Como eu posso ter um candidato? Seria um desrespeito a todos esses partidos”, ponderou.