Em entrevista a GRFM, Dom Francisco fala sobre motivo da renúncia e gratidão

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Dom Francisco Canindé Palhano concedeu, na manhã de hoje (24) uma entrevista à Grande Rio FM, onde falou sobre a motivação da sua renúncia como bispo de Petrolina. Após 18 anos de episcopado, ele teve o pedido de renúncia aceito pelo Papa Francisco e com isso a Diocese de Petrolina já conhece o nome do seu novo pastor. Trata-se de Dom Antônio Carlos, que anteriormente comandou a Diocese de Caicó, no Rio Grande do Norte. 

“O bispo é um pastor, é aquela pessoa que foi escolhida pela igreja para governar uma comunidade. A Diocese é uma comunidade de fiéis cristãos que têm a mesma fé em comum, compartilham os mesmos sacramentos e, ao mesmo tempo, é liderada, pastoreada e conduzida por um bispo ordenado na sucessão apostólica”, afirmou o padre e historiador, Francisco José. Em 100 anos, a Diocese de Petrolina teve a passagem de  nove bispos, já contando com a chegada do seu novo pastor. 

Ao ser questionado sobre os motivos que o levaram a renunciar,  Dom Francisco relatou estar na idade correlata à “aposentadoria”. “Após 18 anos de episcopado, por limite de idade, ou seja, tendo completado 75 anos, é chegado o momento de receber do Santo Padre a acolhida do meu pedido de renúncia e  consequentemente a nomeação do novo bispo de Petrolina, o Dom Antônio Carlos, quem vem da Diocese de Caicó, no Sertão do Rio Grande do Norte, onde ele já é bispo há 10 anos. E agora vivemos esse período de transição, a igreja concede 60 dias para a posse do novo bispo”.

Ele vai gerenciar o processo de transição, até que o novo bispo assuma definitivamente. “A partir de agora, por determinação do Papa Francisco, eu estou nomeado administrador apostólico e partir daí, darei todos os encaminhamentos aos procedimentos necessários para a posse do novo bispo. É um procedimento oficial da igreja, que depois da renúncia, nomeia um administrador diocesano ou um administrador apostólico. No caso, eu como bispo, sou nomeado administrador apostólico para esses respectivos encaminhamentos”. 

Com uma trajetória de sacerdócio iniciada aos 11 anos, quando ingressou no seminário a fim de tornar-se padre, até os dias atuais, Dom Francisco reforça a sua gratidão. “É um sentimento, primeiramente de gratidão a Deus. Deus nos chama, nos escolhe e nos envia a missão. Em missão para pastorear, como sucessor dos apóstolos, uma porção do povo de Deus, no caso, a Diocese Centenária de Petrolina. Então, inicialmente tenho esse grande sentimento de gratidão a Deus, gratidão a minha família, que desde os 11 anos deixei a minha casa para ir para o seminário, até a família católica que tenho e os processos de formação pelos quais eu passei, até, em pouco tempo, completar 50 anos de sacerdócio e 18 anos como bispo”.