Em assembleia setorial, Sindsemp debate contraproposta do Executivo para o reajuste do piso salarial do magistério em Petrolina

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Foi realizada na manhã desta quarta-feira (15) a assembleia setorial com servidores públicos municipais vinculados à Secretaria de Educação de Petrolina. Na oportunidade, o Sindsemp repassou os detalhes da contraproposta do Executivo Municipal para o reajuste do piso do magistério em 2023. 

Na mesa de negociação, os integrantes da diretoria do sindicato defenderam o pagamento integral do percentual anunciado pelo Governo Federal de 14,95%, de forma linear para todos os níveis do magistério. Entretanto, a gestão  apresentou a proposta escalonada para o reajuste da seguinte forma:

01/01 a 30/06 – reajuste de 8%
01/07 a 30/09 – reajuste de 10%
01/10 a 31/12 – reajuste integral de 14,95%   

A proposta foi rejeitada pela maioria dos participantes. A vice-presidente do Sindsemp, Maria Inês Silva defendeu a soberania das deliberações feitas na assembleia. “Um momento de democracia muito especial porque uma assembleia setorial da educação que a gente já vinha articulando há bastante tempo. Então, hoje recebemos só os servidores da educação e foi um momento muito especial de discussão da pauta salarial, o Ministério da Educação 14,95% para o piso e a categoria quer a aplicação deste percentual com impacto nas carreiras de maneira linear. A gente, depois de várias reuniões, essa é a terceira proposta que o Executivo nos apresenta, a assembleia rejeitou a proposta de escalonamento e ela é soberana, é ela que decide e nós devemos acompanhá-la. É um direito nosso, legal e moral acompanhar a decisão, levar para o Executivo a resposta de que a Educação de Petrolina quer 14,95% agora, baseado nas perdas que tivemos e na preocupação de que se não tivermos esse percentual agora, sofreremos um achatamento dos salários no Plano de Cargos e Carreiras”, relatou.

Inês reforçou ainda que, apesar dos entraves relatados para a concessão do aumento, os professores não podem ser penalizados. “Entendemos o momento financeiro difícil do país, mas o professor não pode ser penalizado por isso. O professor é um trabalhador que dá o seu melhor dentro das escolas do município, a educação de Petrolina é exemplo para as outras cidades e para o estados, quiçá para o país e isso graças a esses profissionais que atuam nas escolas. Então, esses profissionais disseram não à proposta, a mesa de negociação está aberta e a gente volta para negociar e esperamos que nós consigamos chegar no que seja melhor para os dois lados”.

Honrando a decisão da ampla maioria dos servidores, a diretoria levará o posicionamento da categoria para a mesa de negociação. É o que explica o secretário geral do Sindsemp e presidente do Conselho Municipal do Fundeb, Carlos Odair. “Eu quero agradecer a imensa participação dos nossos colegas da educação, era um pleito que já tinha um bom tempo que havia sido solicitado e a gente consolidou a assembleia setorial da educação. Levamos para a assembleia a proposta do Executivo, que foi recusada, o que nos leva a voltar para a mesa de negociação para que tenhamos uma nova proposta que esteja de acordo com a vontade e os anseios do servidor. Mas o Sindsemp está ainda à disposição para negociar e representar o servidor e também se coloca à disposição dos professores, do servidor, do profissional da educação para esclarecer quaisquer situações ou dúvidas tanto quanto a pauta salarial em negociação, quanto as demais pautas que são inerentes a educação”. 

A diretora de assuntos extraordinários, Katiane Santos, destacou o papel do Sindsemp na defesa irrevogável dos direitos da categoria. “Primeiro eu quero parabenizar os servidores por participarem da assembleia, que contou com a presença maciça da categoria, mostrando que ela está interessada, participativa nas lutas relacionadas às pautas da campanha salarial. Era uma solicitação do próprio servidor que tivesse uma assembleia setorial que foi atendida pelo sindicato. Foi apresentada a proposta do Executivo onde eles fizeram a proposta escalonada de forma gradativa com 8%, 10% e em outubro chegaria aos 14,95% e que foi rejeitada pela maioria. E nós enquanto sindicato, representante dos servidores, apoiamos a maioria nesta rejeição e daqui para frente, como a gente sempre diz, o Executivo continua com a mesa de negociação aberta, nós vamos voltar e apresentar o que foi decidido em assembleia. E nós acreditamos no avanço da nossa proposta que é 14,95% que o servidor tanto almeja”. 

Por fim, o presidente do Sindsemp, Walber Lins, ressaltou que a reunião, além de deliberar pontos da campanha salarial, também ouviu as demandas dos trabalhadores da educação. “Foi colocada a proposta do Executivo para avaliação e votação pela assembleia e a gente teve uma votação plena e uma participação maciça da categoria da educação, inclusive recebemos algumas denúncias dos professores readaptados e vemos como um fator positivo a participação do servidor. É isso que o sindicato quer: a presença e a participação maciça do servidor, construindo junto. A decisão da assembleia é soberana e a gente agora retoma a mesa de negociação levando esse posicionamento da categoria, contrário a contraproposta apresentada pela gestão”.

(Ascom)