Coordenador do Sintepe afirma que é necessário segurança sanitária para retomada das aulas

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Foto: Reprodução

A Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco divulgou um protocolo setorial nesta quinta-feira (16) a respeito da retomada das aulas, que deve ficar disponível para consulta pública até 24 de julho. O documento estabelece medidas de prevenção para as atividades da educação básica, ensino superior e cursos livres – línguas, cursos técnicos e qualificação profissional – porém, o documento não determina uma data definida para a retomada. Robson Nascimento, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, participou do programa Nossa Voz para falar sobre o posicionamento do sindicato em relação ao protocolo.

Principais Preocupações

“O protocolo não traz nenhum debate político, nenhum preâmbulo que justifique essa retomada”, afirmou Robson. O coordenador explicou que são muitas as preocupações do sindicato, já que a situação do Brasil é diferente de outros países que retomaram as atividades escolares. De acordo com Robson, voltar às aulas sem garantias de segurança para os estudantes – que representam 1/4 da população do estado – e trabalhadores(as), “é muito perigoso”.

No entanto, o ouvinte Diógenes Freitas, morador do C2, fez um contraponto. “Nós, agricultores, continuamos trabalhando mesmo diante de todos os riscos. Por que as escolas não podem retomar as aulas?”, questionou. O coordenador se posicionou afirmando que o sindicato também tem interesse no retorno das aulas, mas que isso não pode ser feito de maneira precipitada. “O que nos preocupa é a garantia das condições sanitárias”, disse.

Diretrizes e Possibilidades

De acordo com Robson, o Sintepe já entregou um documento para o governo do Estado, com o objetivo de discutir o retorno seguro às aulas. “Preparamos um protocolo de aproximadamente 7 páginas colocando nossas diretrizes e pensamentos”. O coordenador também falou sobre a possibilidade de unificar o calendário escolar de acordo com diretrizes estaduais. Ele explicou que, talvez, esse não seja um caminho viável, já que cada região tem uma realidade diferente de casos do novo coronavírus.

Robson Nascimento destacou ainda que muitos gestores escolares, prefeitos e profissionais da educação buscam o sindicato para orientações. “O que podemos dizer é que precisamos aguardar. Não podemos tomar nenhuma decisão baseada em achismos. É preciso cautela e cumprir aquilo que a ciência determina”, concluiu.