Consertar a rede da Bacia do Dom Avelar não resolve, diz João Raphael da Compesa

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Gerente Regional da Compesa participou do Nossa Voz desta terça (04).(foto: Milena Pacheco/Nossa Voz)

Moradores do bairro São Joaquim de Petrolina reclamam que há pelo menos 15 anos da situação da rede de esgoto. Quem mora no local tem que conviver com a lama e com o mau cheiro. De acordo com os relatos, a água suja acumulam constantemente nas ruas e gera diversos transtornos. Inclusive, todas as bocas de lobo do local estão extravasando e agora os próprios moradores estão tendo que aterrar os esgotos.

A moradora Erika da Silva disse a reportagem do Nossa Voz que já teve que conviver com água suja até no quintal de casa. “A gente já teve que usar tábuas no quintal de casa e até na rua pra pode atravessar”, relatou. Já Maria da Saúde disse que fica difícil até sabe a quem recorrer. “Fala com a prefeitura e eles dizem que só a Compesa tem o equipamento pra desobstruir”, lamentou a moradora.

A rede de esgoto do São Joaquim faz parte da Bacia do Dom Avelar que está no centro da polêmica entre a prefeitura de Petrolina e a Compesa. Recentemente, o município anunciou que iria consertar a rede já existente e, pra isso, informou que gastaria pouco mais de R$ 6 milhões. Os recursos já estão garantidos via projeto de lei aprovado na Câmara de Vereadores autorizando o remanejamento de valores de um empréstimo junto à Caixa Econômica para executar os trabalhos.

No estúdio do Nossa Voz, o gerente regional da Compesa, João Raphael Queiroz falou da dificuldade em solucionar estouramentos nos bairros da bacia do Dom Avelar. “A gente teve uma obra que na bacia que não foi concluída. Parte da rede funciona, mas existe uma lagoa entre o São Joaquim e o São Jorge. A gente tem R$ 38 milhões pra resolver o problema através de um financiamento. Mas só podemos mexer nele se a concessão for nossa. A gente está tentando um acordo com a prefeitura porque não adianta só consertar a rede que tem lá. Tem que fazer a expressão da rede”, analisou.

O gerente regional da Compesa destacou ainda que existe um longo contrato da companhia com a prefeitura. “O nosso contrato vai até 2025. E queremos fazer valer. Se for preciso, vamos acionar a justiça”, garantiu João Raphael.