Com registro do barbeiro, Petrolina redobra cuidados com a doença de chagas

0
(foto: reprodução)

Petrolina continua sem notificações da Doença de Chagas Aguda. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do município. Pernambuco já registrou 27 casos no município de Ibimirim.

O Estado está em alerta, já que esse já é considerado o maior do país e, assim como outras 39 cidades tem registros do inseto conhecido como “barbeiro” infectado com o protozoário Trypanosoma cruzi. Por isso, preciso redobrar os cuidados e ficar atento aos sintomas.

O Trypanosoma Cruzi é transmitido pelo contato com as fezes dos insetos vetores contaminados, mas também existem outras formas de transmissão, como por via oral, pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas. Segundo o técnico em Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Francisco “Chiquinho” Freitas, “ao receber uma picada do inseto, a pessoa sente uma forte coceira no local, o que leva as fezes do barbeiro para a corrente sanguínea. Só o fato de passar a mão no local onde ele atacou e colocá-la em contato com os olhos e a boca já é suficiente para os parasitas entrarem no sangue. Já nos casos da contaminação por via oral, o Tripanosoma Cruzi entra na circulação pelo sistema digestivo. Além de se alojar no sangue, o parasita ataca o coração, intestino e esôfago e pode levar décadas para que seus efeitos destrutivos dentro do organismo se manifestem”, explicou.

De acordo com Chiquinho, se alguém achar um barbeiro, o procedimento correto é capturar o inseto com cuidado, não matá-lo, e, com as mãos protegidas, encaminhar para a Vigilância em Saúde do município ou ao laboratório de entomologia da VIII Geres. “É importante pra que a gente faça a análise, pois nem todo barbeiro está infectado. Caso a pessoa seja picada ou desconfie dos sintomas, deve se encaminhar à unidade de saúde mais próxima e relatar o ocorrido, pois aí será encaminhado para a realização de um exame de sangue que detecta a presença do parasita. Caso confirmado, a pessoa é encaminhada imediatamente para o tratamento adequado, que é ofertado de forma gratuita pelo SUS”, esclarece.