Carnaval em Petrolina: Infectologista da prefeitura esclarece sobre a ‘doença do beijo’

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(Foto: Divulgação)

Em tempos de folia por todo o país, a saúde não pode ser deixada de lado. Para brincar o carnaval com segurança, os foliões devem estar atentos para não pegarem mononucleose, conhecida como a ‘doença do beijo’, cujo risco de infecção cresce nessa época. É uma doença infectocontagiosa, causada por um vírus, de características clínicas brandas, que provoca um quadro de febre, mal-estar com adenomegalias, isto é, gânglios principalmente ao redor do pescoço e dor de garganta.

O Dr. Washington Luís Gomes, infectologista do Serviço de Infectologia de Petrolina (Seinpe), explica que a mononucleose é uma infecção muitas vezes confundida com uma virose inespecífica.

“Muitas pessoas podem ter poucos ou nenhum sintoma, mas quando eles ocorrem geralmente se manifestam com febre alta, dor na garganta, dores pelo corpo, indisposição e surgimento de gânglios no pescoço, podendo progredir para outras áreas do corpo. Pode ocorrer ainda dor abdominal com aumento do baço e do fígado”, explica.

A recuperação depende de cada indivíduo. Geralmente a pessoa se reestabelece em poucas semanas, mas uma pequena parcela de doentes necessita de meses para recuperar a disposição do dia a dia. De acordo com Dr. Washington, além do beijo, a contaminação se dá através de tosse, espirro e saliva ou através de objetos contaminados como copos, maçanetas de portas e corrimãos de ônibus.

“A transmissão da mononucleose se dá principalmente nos primeiros dias da doença. Portanto, evite frequentar os espaços públicos com grande aglomeração se apresentar sintomas desta doença. Deve-se evitar o compartilhamento de copos e garrafas. Lembrando que, para evitar uma queda na imunidade, é preciso se alimentar bem, dormir o necessário e se manter hidratado”, destaca o infectologista, ressaltando que gripes e outros resfriados também são transmitidos por via respiratória, beijando ou tocando na mão não higienizada de uma pessoa infectada. (Ascom)