Simão comenta pesquisa e se mostra otimista quanto a candidatura de Miguel em 2022: “Começamos a rodar com Eduardo Campos com 2%”

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Animado com os números da pesquisa com as intenções de votos para governo do estado divulgada hoje (17), o vice-prefeito de Petrolina, Simão Durando (DEM) enxerga na eleição do próximo ano a hora H para a oposição pernambucana. Com a menor rejeição e com espaço para crescer, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB) aparece com 5,6% na sondagem que, na estimulada apresenta 20% de indecisos e a primeira colocada, Marília Arraes (PT) (26%), com uma possível candidatura fragilizada pela frequente interferência da executiva nacional do seu partido. Assim, quanto mais favorável o cenário se desenha para que Coelho seja o candidato ao Governo de Pernambuco, maiores são as chances para que Durando assuma a prefeitura de abril de 2022 a dezembro de 2024.

“Fiquei muito animado com os números da pesquisa porque mostra ali o reflexo do sentimento da população pernambucana. Os números da oposição foram excelentes, vemos que a população deseja uma mudança. A gente vê ali o secretário e ex-prefeito, Geraldo Júlio, que foi prefeito reeleito da cidade do Recife, empatado tecnicamente com o prefeito, Miguel Coelho. Então a gente nota um sentimento de mudança. E essa eleição do ano que vem não é a eleição de Miguel Coelho, é a eleição da junção da oposição, é a eleição em que Pernambuco quer realmente voltar a ser protagonista”, afirmou Simão Durando em entrevista ao Nossa Voz.

Na oportunidade, o vice-prefeito de Petrolina não economizou críticas a gestão do governador Paulo Câmara. “A gente aqui não quer falar de outros Estados, mas Pernambuco perdeu espaço para o Ceará, perdeu espaço para a Bahia porque faltaram projetos estruturantes para a geração de emprego e renda e fomos ficando para trás. As empresas não querem mais investir em Pernambuco porque falta infraestrutura viária. Quando eles vem alocar recursos, para investir, observam tudo isso. Falta atração de investimentos. Então, a gente vê um governo do estado que só age no litoral e o restante fica a mercê disso. Queremos um governo que atue no estado com um todo e todos nós somos pernambucanos”, pontou.

Diante do cenário que considera desfavorável a continuidade do PSB, Simão ainda fez um comparativo do percentual atingido por Miguel na pesquisa recém-divulgada com a primeira eleição de Eduardo Campos. “E essa pesquisa nos animou muito. Quando Eduardo Campos se lançou candidato, a primeira pesquisa dele, saiu com 2%. A gente começou a rodar com Eduardo Campos em Pernambuco com 2% nas pesquisas. Então isso animou muito a oposição de Pernambuco dessa pesquisa que saiu hoje”.

Entretanto, mesmo demonstrando todo seu entusiasmo, Durando pregou cautela nessa construção. “Essa conjuntura vai se resolver com o diálogo com a oposição. O que a gente entende é que a oposição tem que sair unida. Vamos deixar para tratar de eleição no ano que vem. Ainda tem muita água para passar embaixo da ponte do Rio São Francisco, ainda tem muito diálogo. Há 10 dias estiveram juntos o prefeito Miguel Coelho com o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, em Brasília. Os dois atrás de recursos, cada um para as suas respectivas cidades, mas conversaram também sobre isso. A oposição está conversando com Raquel Lyra, com todos os entes envolvidos nesse processo”.

Questionado se estaria pronto para assumir a Prefeitura de Petrolina, caso a candidatura de Miguel Coelho a governador se consolide, Simão Durando se mostrou disposto. “Estamos muito tranquilos em relação a isso. Existem essas especulações, mas vamos dar tempo ao tempo. Acho que Deus não elege os capacitados, elege os que serão capacitados. Então, ninguém pode dizer que esta totalmente pronto para uma missão. A gente sabe os desafios que Petrolina tem, todos os dias elas nos impõem a ir sempre além. Mas vamos deixar ver o que é que vai acontecer em relação a política porque ainda tem muito tempo, isso vai ser discutido mais na frente, no segundo semestre. Que seja feita a vontade de Deus”, finalizou.