Para Mendonça, reunião entre Raquel e Anderson vem em resposta à pré-candidatura de Miguel, mas não representa ruptura

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Ciente das movimentações recentes feitas pela prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e pelo prefeito de Jaboatão do Guararapes, Anderson Ferreira, o presidente estadual do Democratas, Mendonça Filho, em entrevista ao Nossa Voz de hoje (24) afastou a hipótese de dissidências e aposta alto no ato de filiação de Migue Coelho à legenda. O evento acontece às 10h deste sábado, no Armazém 14, bairro do Recife e deve reunir 500 lideranças e convidados de todas as regiões do Estado.

“Será um grande ato, com a presença de lideranças políticas do Brasil do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que preside nacionalmente o Democratas, do governador Mauro Mendes, vários líderes políticos importantes do Brasil, do prefeito Bruno Reis, de Salvador. Naturalmente, os irmãos Fernando Filho e Antônio Coelho deputados federal e estadual, do senador Fernando, então vai ser realmente uma grande festa, um grande evento, marcando de forma altamente positiva o ingresso desse jovem e competente prefeito que é o nosso querido Miguel Coelho,” apostou Mendonça Filho.

O ato também consolida a pré-candidatura do prefeito de Petrolina ao governo do estado. “Miguel entra com todo gás, com exemplo do seu governo em Petrolina, que é referência para o Brasil. Uma grande gestão, sintonizada com o povo, trabalhando de forma efetiva para projetar essa importante cidade pernambucana para o Brasil e para o Nordeste especialmente. Como candidato a governador terá que discutir as demandas básicas da sociedade, políticas para a saúde, educação, a infraestrutura do estado, atração de investimentos e na hora certa, a gente senta conversa e toma a decisão em relação a sua candidatura. A gente precisa alargar esse processo, aglutinar outras forças para que Miguel possa se consolidar como candidato a governador”, planejou.

Apesar de confirmar a candidatura própria da legenda, Mendonça Filho destaca o diálogo com os demais partidos que compõem a oposição no estado. “Eu sempre preguei duas coisas: a unidade das forças de oposição, ou seja, que todos trabalhem para ter um candidato só ou uma candidata só; e segundo, o respeito às intenções e pretensões de cada um dos nomes que se colocam como pré-candidatos ao governo do Estado, no caso, Anderson Ferreira, Raquel Lyra e Miguel Coelho. Então, a medida que eles legitimamente se apresentam como alternativas eu não posso discordar dessa pretensão, desse desejo e dessa posição. Assim como também o próprio Miguel, tem essa condição essa qualificação e esse preparo para disputar o governo de Pernambuco”.

Quanto a reunião realizada entre Lyra e Ferreira sem a presença de nenhum integrante do DEM, Mendonça classificou uma movimentação natural, em resposta a confirmação da pré-candidatura de Miguel Coelho. Entretanto, para o democrata isso não representa um sinal de ruptura. “Na verdade não houve nenhuma articulação. À medida que eu acho que Miguel já tinha organizado uma agenda relativa ao seu lançamento; eles decidiram fazer essa reunião como foi publicado na mídia de ontem e está nos jornais de hoje. Respeito, é uma posição que não nenhuma ponderação ou crítica a fazer.

Mendonça também estipulou prazos para a confirmação do nome escolhido pelo grupo. “Eu acho que, para a oposição, quanto mais cedo houver a definição do nome da oposição para o governo de Pernambuco, melhor. Evidente que não posso antecipar demais essa definição. A gente tem um ano e poucos dias para a eleição e acredito que até o início de 2022, talvez final de janeiro ou início de fevereiro, nós tenhamos essa definição. E com ela o quadro fica mais claro para que a gente possa trabalhar de forma organizada visando a disputa para o governo do estado e aglutinando as forças de oposição em prol de uma única candidatura”.