Filhotes de ararinha-azul nascem em Curaçá (BA) após 30 anos desde último registro de nascimento

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 (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Uma equipe técnica que monitora o grupo de ararinhas-azuis, soltas em habitat natural na cidade de Curaçá, no norte da Bahia, em março do ano passado, registrou o nascimento de dois filhotes da espécie neste mês.

Esses foram os primeiros nascimentos de ararinha azul em solo de caatinga depois de 30 anos do último registro. Um dos filhotes sobreviveu e está sendo cuidado pelos especialistas. O primeiro nasceu no dia 11 de abril deste ano, mas morreu no dia seguinte por inexperiência dos pais.

O segundo nasceu no dia 13 do mesmo mês e os pais também abandonaram a cria. No entanto, a equipe técnica que faz o monitoramento percebeu a situação e tem cuidado e alimentado o filhote desde então, para que o animal fique vivo.

Hoje, as ararinhas-azuis são animais ameaçados de extinção. Elas foram consideradas extintas na natureza por cerca de 20 anos, por causa do tráfico de animais silvestres e do desmatamento do bioma de caatinga.

Em 2020, 52 delas foram soltas em uma reserva ambiental de Curaçá, de onde é originária, depois de um trabalho de uma organização não governamental (ONG) alemã. Essas aves estavam com um sheik árabe e foram trazidas para o Brasil em março do ano passado.

A reintrodução da espécie na natureza teve o apoio da instituição alemã, de ONGs brasileiras e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Por causa das ararinhas, 120 mil hectares de caatinga foram transformados em unidades de conservação.