Em coletiva, SDS garante que confissão do acusado de matar Beatriz traz prova robusta sobre autoria do crime

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Ao iniciar a coletiva sobre a identificação do assassino da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Humberto Freire, agradeceu os trabalhos desenvolvidos pelos policiais civis que acompanharam o caso desde o início até o presente momento e exaltou o trabalho da Polícia Técnica do Estado. Segundo ele, as ações realizadas em conjunto resultaram no indiciamento de Marcelo da Silva, apontado como o autor do crime, ocorrido em dezembro de 2015 em um colégio particular de Petrolina.

De acordo com Freire, além da identificação do DNA do suspeito encontrado na arma do crime (faca), o depoimento de Marcelo da Silva condiz com toda a linha de investigação estabelecida pela Força-Tarefa à frente do caso, inclusive a narrativa temporal dos fatos.

“Temos a motivação que coaduna com a dinâmica dos fatos. 100% das imagens foram recuperadas, não há o que macular essa investigação e esse trabalho técnico científico”, reforçou Humberto Freire.

Ao detalhar o depoimento, Freire afirmou que o suspeito atuou sozinho e adentrou nas dependências do Colégio Maria Auxiliadora para conseguir dinheiro. Oriundo de Trindade, Sertão de Pernambuco, ele estava em Petrolina de forma transitória e buscava recursos para retornar à sua cidade e origem. “Ele transitou pelo local, conversou com algumas pessoas. Abordou a vítima que se assustou e por isso a silenciou”.

O secretário negou haver cúmplices ou algum tipo de complô relativo à morte de Beatriz. “Ele confessou ter tido certa dificuldade, mas conseguiu adentrar. O suspeito saiu por meios próprios após cometer o crime”, reforçou. “Chegamos agora em um marco importante. Não é um indício sendo trabalhado tem a prova técnico científica, a narrativa que bate com as investigações do fato. A polícia investigou segundo a segundo o material gráfico”.

Freire também afastou as dúvidas levantadas sobre a credibilidade das investigações e reforçou que a demissão do perito Diego Henrique Leonel de Oliveira Costa não se refere a erros na condução do caso. “O perito Diego, quanto à sua pena demissionária, ocorreu por prestar serviço particular o que não é permitido. Não há mácula na investigação policial, foi uma questão administrativa”, assegurou.

O secretário aponta ainda que o indiciamento não marca o fim das investigações, que seguem inclusive com o apoio do Ministério Público de Pernambuco.