Caminhos diferentes para Anderson e Raquel podem atrapalhar a aliança

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A aliança entre os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL) e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), para as eleições desse ano pode estar ganhando um contexto indesejável. Os dois gestores são parceiros no projeto de oposição ao PSB e encabeçam o chamado Movimento ‘Levanta Pernambuco’. Em 2021, percorreram juntos diversas cidades de Pernambuco em pré-campanha, mas a tendência esse ano é que os novos arranjos políticos separem a dupla.

Agora, a sintonia parece não ser tão fina assim e a disputa presidencial se mostra um entrave na relação.

Anderson é do PL, partido de Jair Bolsonaro, e Raquel está com João Doria, do PSDB, adversários declarados. Nesta segunda-feira (17), a gestora de Caruaru já comanda sozinha um encontro político em Gravatá, o que faz aumentarem os rumores de distanciamento.

Outros partidos aliados de Bolsonaro já pressionam Anderson para deixar de lado a aliança. O presidente do PTB de Pernambuco, Coronel Meira, afirmou a este colunista que não faz sentido os dois caminharem juntos.

“O PL é o partido realmente onde ele (Jair Bolsonaro) se abrigou, porém em determinados Estados o PL não dá base de sustentação. Agora os outros partidos aliados querem colocar Anderson Ferreira, mas eles têm que entender que o partido que Bolsonaro vai estar aqui em Pernambuco é o PL, e pra isso ele (Anderson) tem que se afastar de Raquel Lyra. Não temos nada contra Raquel, mas politicamente falando, a ideologia dela, a ligação com João Doria, com PSDB, não vai ao encontro totalmente com a candidatura do nosso presidente Bolsonaro”, comentou.