Armando Monteiro defende união da oposição para desbancar PSB em Pernambuco

0
Foto: Karine Paixão / Nossa Voz

O ex-senador Armando Monteiro participou do programa Nossa Voz desta segunda-feira (12) e destacou as movimentações para as eleições de 2022, sobretudo em Pernambuco, além de falar também sobre a atuação do Governo Federal e Estadual durante a pandemia.

PERNAMBUCO

Armando falou sobre a renovação da política representada por políticos mais jovens e com um grande nível de aprovação em seus governos, dando o exemplo de dois nomes: a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), reeleita com 65% dos votos e o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), reeleito com 76%. “Vejo como positivo ver alguns nomes no cenário de Pernambuco que despontam com muita força, hoje a gente percebe uma tendência de renovação na política, vemos jovens que têm tido uma boa aprovação em seus municípios e com gestões diferenciadas, exitosas, que estão no campo das oposições no Estado, como é o caso de Raquel Lyra em Caruaru e Miguel Coelho em Petrolina, que tem se destacado como um gestor moderno, competente, com uma gestão reconhecida em Pernambuco”, diz.

“A renovação política, inclusive, não se dá apenas por termos uma nova geração, jovem, mas de novas mentalidades, de gestores que têm uma compreensão dos desafios, que oferecem respostas aos anseios da comunidade e mais do que isso, que podem oferecer a Pernambuco uma perspectiva nova. Além destes dois nomes, existem outros como o deputado Bruno Araújo, o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, que podem se credenciar para trazer essa transformação política em Pernambuco, porém, precisamos de unidade, colocar os interesses da população acima dos interesses individuais e escolher o melhor nome que represente o Estado e a oposição”, avalia.

PANDEMIA

O ex-senador demonstrou muita preocupação com a forma como a pandemia vem sendo conduzida no país. Armando fez críticas ao governo federal e falou também sobre a CPI da Pandemia que foi instaurada. “Infelizmente hoje vemos o Brasil como o epicentro da pandemia da Covid-19, com um alto número de mortes diárias, em muitos dias representando um terço das mortes em todo o mundo. Todo brasileiro percebe que o Governo Federal não exerceu o papel que deveria cumprir. Lamentavelmente o presidente da república negou inicialmente a gravidade da pandemia, depois politizou as vacinas e pagamos um preço alto pela demora na aquisição dessas imunizações. Diante de tudo isso, o Poder Legislativo requereu uma instauração de CPI tornou-se inevitável. Mas nós desejamos que ela ofereça uma contribuição para o enfrentamento da crise sanitária, apurando responsabilidades, porém, que não seja um palco político. E a CPI precisa ser ampliada para os governos estaduais e municipais”, afirma.

Armando avaliou ainda a condução do Governo Paulo Câmara na pandemia. “Nós tivemos uma primeira onda no Estado muito forte e enxergamos problemas com as instalações dos hospitais de Campanha, disponibilização de leitos, muitas reclamações de profissionais que não tiveram equipamentos de proteção individual e em alguns casos, de desvio de recursos e má aplicação de recursos. Temos que considerar que há um quadro difícil e encontrar o equilíbrio, entendemos que medidas restritivas são sempre muito difíceis, pois a população precisa trabalhar para prover o sustento, uma vez que o Governo Federal interrompeu o auxílio por 3 meses, é difícil condenar aqueles que defendem o seu trabalho, porém, por outro lado, o colapso na saúde é muito sério. É muito difícil equilibrar essas ações, precisamos de articulação, solidariedade e bom senso”, analisa.

FUTURO POLÍTICO

Questionado sobre suas intenções políticas para o próximo ano, Armando destacou que não tem ainda propriamente um projeto próprio e que quer contribuir para a unidade da oposição em Pernambuco. “Eu sempre fui um homem de missão, então quero ajudar na unidade de um nome da oposição para Pernambuco pois já está mais do que na hora de acabar com esse domínio do PSB no Estado, uma vez que já demonstraram que não são mais capazes de trazer uma renovação e atender aos anseios da população pernambucana. Então, por ora, meu espírito é esse, de construir um palanque forte para 2022, mas estou a disposição, caso me convoquem não sou homem de fugir de missão dada”, finalizou.