Após bloqueio de verbas, Univasf pode demitir 200 contratados, diz vice-reitor

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O Vice-reitor da Univasf comentou a situação financeira da universidade no Nossa Voz. (foto: Milena Pacheco/Nossa Voz)

O bloqueio de verbas das instituições de ensino federais em todo o Brasil pelo Governo Federal foi um dos assuntos do programa Nossa Voz desta terça-feira (07). O vice-reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Télio Leite comentou a situação financeira dos campi após essa baixa de recursos.

“O valor foi linear, foi 30% do valor de custeio. E esse valor representa pouco mais de R$ 11 milhões [para a Univasf]. Agora imagine a situação já que nós tínhamos pouco mais de R$ 30 milhões e já era apertado…”, comentou Télio Leite que informou ainda que bloqueio foi efetuado no dia 2 de maio.

De acordo com o vice-reitor, com o valor que a Univasf tem em conta, dá para manter os serviços básicos por mais três meses. “Mas se nada for feito, a partir de agosto, a gente começa a ter sérias dificuldades financeiras. (…) Eu estou acreditando que isso vai ser revertido. Mas, se for confirmado, vamos ter que fazer escolhas difíceis. (…) A gente estima a demissão de cerca de 200 contratados em empresas, juntado todos os campi”, afirmou Télio Leite.

O vice-reitor da Univasf comentou ainda que desde 2015 a universidade vem enfrentando restrições orçamentárias, mas esse corte de 30% vai afetar todas as áreas, desde o auxílio estudantil até o funcionamento dos prédios.

Em breve participação no Nossa Voz, o vereador José Batista da Gama, sugeriu que a realização de uma audiência pública para debater o assunto e apontar alternativas. “A gente já tem uma universidade capenga e ainda tira 30% do recurso”, desabafou.

Télio Leite concordou a a sugestão do vereador José Batista e disse que é preciso sim “unir forças, as bancadas pernambucana, baiana e piauiense. A gente precisa realmente do apoio de todos”, finalizou o vice-reitor.